Foi o pior massacre a tiros da história dos Estados Unidos, superando as mortes de 49 pessoas em uma casa noturna de Orlando no ano passado.
Cerca de 22.000 pessoas estavam na plateia quando o atirador abriu fogo de um quarto no hotel Mandalay Bay, levando pessoas em pânico a fugir do local correndo, em alguns casos pisoteando umas às outras enquanto policiais corriam para localizar e matar o atirador. Mais de 500 pessoas ficaram feridas.
A polícia identificou o atirador como Stephen Paddock, que morava em uma comunidade de aposentados em Mesquite, Nevada, e disse que não sabia os motivos que provocaram o ataque. O grupo militante Estado islâmico reivindicou a responsabilidade pelo massacre, mas autoridades norte-americanas expressaram o ceticismo com essa reivindicação.
Paddock se matou antes de a polícia entrar no quarto de onde ele estava atirando, afirmou o chefe de polícia do condado Clark, Joseph Lombardo, a repórteres.
“Não temos ideia de qual era seu credo”, disse Lombardo, acrescentando que o atirador não tinha ficha criminal. “Localizamos diversas armas de fogo dentro do quarto que ele ocupava.”
Autoridades federais disseram que não havia evidências para ligar Paddock a grupos militantes internacionais.
“À medida que este evento se desenrola, não encontramos até este momento nenhuma conexão com um grupo terrorista internacional”, disse o agente especial do FBI, Aaron Rouse, a repórteres.
Uma autoridade minimizou a reivindicação de responsabilidade feita pelo Estado Islâmico, acrescentando que há motivos para acreditar que Paddock tinha um histórico de problemas psicológicos.
Em sua reivindicação, o Estado Islâmico disse que o atirador havia se convertido recentemente ao islã, segundo a agência de notícias do grupo, a Amaq. O comunicado não incluía o nome do atirador e não apresentou nenhuma prova. No passado, o grupo já reivindicou responsabilidade por outros ataques sem fornecer evidências.
O chefe de polícia Lombardo disse que havia mais de 10 fuzis no quarto onde Paddock se matou. Ele havia chegado no hotel na quinta-feira.
A polícia encontrou diversas armas quando realizaram buscas na casa de Paddock, em uma comunidade de aposentados em Mesquite, Nevada, cerca de 145 km ao nordeste de Las Vegas, afirmou o porta-voz da polícia de Mesquite, Quinn Averett, a repórteres.
Entre os mortos está um policial de folga, disse Lombardo. Dois policiais em serviço ficaram feridos, incluindo um que estava em condição estável após uma cirurgia e um que sofreu ferimentos leves. A polícia alertou que o número de mortos pode subir.
O presidente norte-americano, Donald Trump, determinou que as bandeiras sejam colocadas a meio mastro, em uma demonstração nacional de luto, e disse que visitará Las Vegas na quarta-feira.
“Ele assassinou brutalmente mais de 50 pessoas e feriu centenas mais. Foi um ato de pura maldade”, disse Trump em um pronunciamento na Casa Branca.