Conforme o delegado Rogério Baggio, responsável pela investigação, os corpos encontrados no começo do mês não estavam completos. "Certeza mesmo nós só teremos com o resultado da perícia, com o exame de DNA. Mas é 99,9% de chances de serem as partes faltantes do corpo", afirma. Apesar do que foi encontrado nesta segunda, a polícia ainda não localizou as cabeças de ambas as vítimas, que teriam entre 8 e 12 anos.
Inicialmente, a polícia acreditou que os corpos encontrados dentro de sacolas eram de uma mulher e de uma criança. No entanto, a perícia constatou que se tratavam de crianças, o que dificultou a identificação, pela falta de registro das digitais.
As partes dos corpos encontrados no começo do mês estavam dentro de caixas de uma marca de sabão em pó fabricada fora do Rio Grande do Sul, e que não é vendida no estado. Com isso, a polícia entrou em contato com departamentos de identificação de outros estados.
No decorrer da investigação, a polícia procurou imagens de câmeras de segurança, sem sucesso, e conversou com moradores do local, considerado pouco movimentado, em busca de pistas. Mas até agora a investigação não havia avançado.
No fim da semana passada, o delegado disse acreditar que o autor ou autores do crime conheciam a região. "É um local onde as pessoas costumam deixar animais mortos, por isso talvez não desconfiassem do cheiro", afirmou.
Apesar da identificação ainda não ter sido realizada, a polícia acredita que as crianças possam ter sido vítimas da violência relacionada com o tráfico de drogas. "Se fosse uma família que não tem envolvimento com criminalidade, dificilmente algum parente não teria reportado o sumiço", afirma o delegado, especulando sobre o mistério ainda não elucidado.
Segundo o delegado, buscas com o auxílio de cães estão sendo feitas na região.