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Juíza aceita denúncia e mãe de Rafael Winques responderá por homicídio quadruplamente qualificado

13 de julho de 2020

A acusada Alexandra Salete Dougokenski, passou a responder pelo assassinato do filho, Rafael Mateus Winques, e outros três crimes conexos – ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. A decisão foi assinada nesta segunda-feira (13) pela Juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, da Comarca de Planalto, após o recebimento da denúncia formulada pelo Ministério Público, com base nas investigações policiais.

“Constata-se que as condutas atribuídas à acusada são voluntárias, dirigidas a um fim e aparentemente ilícitas. Isso por que até o momento não há evidências de que os fatos tenham sido praticados ao abrigo de uma das causas de exclusão da ilicitude”, diz a magistrada em trecho da decisão. No documento, ela também decreta a conversão da prisão temporária de Alexandra em preventiva, sem prazo estabelecido para expirar.

Conforme a acusação, a mulher responderá por homicídio qualificado, ou seja, praticado por motivo fútil, com meio cruel e recurso que dificultou a defesa.

“Consta na denúncia e encontra amparo na prova técnica já produzida que a denunciada matou seu filho, com 11 anos de idade, mediante asfixia mecânica provocada por estrangulamento”, descreve a magistrada.

Ela detalha: “Por volta das 2 horas do dia 15 de maio, verificou que a vítima estava com a resistência reduzida e de posse de uma corda a estrangulou até que ela sufocasse por completo. Na sequência, ao constatar a morte, tratou de ocultar o cadáver com a finalidade de afastar eventuais suspeitas que contra si pudessem recair.” O corpo do menino foi encontrado dentro de uma caixa de papelão colocada no terreno da casa vizinha.

Toda a sequência de fatos que culminou na morte de Rafael teria ocorrido entre 23 horas do dia 14 de maio e 2 horas do dia seguinte. A agora ré chegou a admitir o crime, depois de, inicialmente, em depoimento à polícia, contar que a morte fora acidental, consequência da ingestão de remédio calmante.

A Juíza destaca: “Chama a atenção ainda que nas três oportunidades em que foi formalmente ouvida antes de indicar a localização do corpo (dias 15, 16 e 25 de maio), não apenas sustentou a versão do desaparecimento, mas também e de forma sutil, tentou incriminar outras pessoas, inclusive familiares consanguíneos”.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí