Educadores de todo o estado cruzaram os braços e ocuparam as ruas no dia de Paralisação Nacional em Defesa da Escola Pública, convocado pela Confederação Nacional das(os) Trabalhadoras(es) em Educação (CNTE), que aconteceu ontem (23). A atividade é uma das deliberações aprovadas na Assembleia Geral do CPERS e integra a 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, que neste ano traz o tema: “Escola Pública não é Negócio. É Direito!”.
No estado, em todos os 42 núcleos do Sindicato, a rotina foi interrompida para dar lugar as atividades, como por exemplo, visitas a escolas, panfletagens, aulas públicas e atos em frente às Coordenadorias Regionais de Educação.
Em entrevista à Rádio Progresso, a presidente do 31º Núcleo do Cpers com sede em Ijuí, professora Maria Eugênia Fiorin, disse que um dos principais debates em pauta ontem foi no sentido de reforçar a rejeição da categoria na implementação das chamadas PPS, ou seja, Parcerias Público-Privadas (PPPs) na educação estadual, defendidas pelo governador Eduardo Leite (PSDB). As PPPs representam, segundo a presidente do 31º Núcleo, riscos graves, como a mercantilização do ensino, perda da autonomia pedagógica, precarização das condições de trabalho e enfraquecimento do controle social sobre as políticas educacionais.
A próxima atividade que contará com a participação de representantes do 31º Núcleo do Cpers, com sede em Ijuí, já tem data marcada, e será em Brasília: no próximo dia 29 de abril, a Marcha Nacional da Classe Trabalhadora reunirá milhares em defesa de direitos.
Ouça abaixo a entrevista completa: