O Brasil é o maior exportador de soja no momento, especialmente para a China, que prefere comprar a oleaginosa brasileira, em detrimento do produto dos Estados Unidos, visto a guerra comercial entre os dois países.
Esse fator, aliado à questão cambial, ou seja, a alta do dólar, levam ao aumento do preço da soja pago ao agricultor no momento. Hoje, a saca é comercializada com preço médio de 103 reais e 50 centavos na região de Ijuí.
Durante entrevista na RPI, o corretor de cereais, Índio Brasil (foto, da empresa Solo Corretora de Cereais de Ijuí, disse que a atual cotação da soja é a maior desde que foi implantado o plano real, ou seja, há 26 anos.
O entrevistado frisou que o produtor tem aproveitado a alta do preço e comercializado bastante a soja. Ele acredita que no Rio Grande do Sul, já houve a venda de aproximadamente 90% da oleaginosa colhida na última safra.
Questionado sobre qual o melhor caminho, ou seja, comercializar ou aguardar se o preço da saca de soja vai melhorar ainda mais, Índio Brasil observou que o mais recomendado é vender o produto. O corretor de cereais até acredita que o preço possa aumentar, porém, também pode reduzir drasticamente, por exemplo, em caso de alteração de câmbio ou se surgir uma vacina para o novo coronavírus. Isso porque, a pandemia da Covid-19 causa incerteza também na economia.
Sobre o trigo, hoje com preço médio de 56 reais e quatro centavos na região de Ijuí, Índio Brasil explica que isso acontece pela quebra na safra do ano passado no Rio Grande do Sul e Paraná. Porém, a taxa de câmbio também ajuda na alta da cotação do trigo e também na melhoria do preço do milho. O milho futuro chega a ser comercializado com valor de 47 a 48 reais.