Os prejuízos causados pela estiagem, em Ijuí, ultrapassam 150 milhões de reais. No milho para silagem as perdas estão numa média de 85% e no milho para grão, 72%. Porém, de forma particular a quebra é maior para muitos agricultores e pode chegar a 100%.
No que se refere à soja, parte da cultura começa a florescer, mas a falta de umidade no solo faz a flor abortar. O extensionista da Emater, Edewin Bernich, explica que na região Norte, por exemplo, no distrito de Mauá, em razão das últimas chuvas alguns produtores retomaram o plantio da soja. Mas na região Sul de Ijuí a realidade é ainda pior, pois não choveu e há grande área para ser concluída com o cultivo da soja.
Edewin Bernich também disse que começou a ocorrer morte de peixes e de gado em Ijuí devido à seca. Ele esclarece, porém, que essa mortandade tem muita ligação com a falta de manejo correto nos açudes, que reduzem o nível de água, e também dos bovinos, que perdem a resistência. Nas hortaliças, em Ijuí, há produtores que constatam quebra de 30% na produção, além de que a falta de chuva provoca queda de citros, por exemplo, bergamota, laranja e limão.