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Grito de Alerta em Ijuí é antecipado e pauta se altera em função da estiagem

17 de janeiro de 2022

Com a atual estiagem, que causa prejuízos bilionários na região de Ijuí, a 10ª edição do Grito de Alerta, que vai acontecer dia 16 do próximo mês, em Ijuí, muda um pouco o foco da pauta inicial e também vai debater ações para tentar minimizar a quebra na agricultura.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o tesoureiro da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Agnaldo Barcelos, disse que os produtores rurais precisam de respostas imediatas e medidas a longo prazo. No que se refere a apoio de curto prazo, Barcelos observa que os governos precisam ajudar para resolver a falta de água para humanos e animais, ainda repassar crédito emergencial, com subsídio de juro.

O tesoureiro da Fetag comenta que o movimento sindical também deseja a prorrogação dos financiamentos e custeios que venceram ou irão vencer até 30 de junho deste ano, para período posterior. Porém, ele alerta que isso não resolve o prejuízo ocasionado pela seca, até porque, poderá impactar no próximo ano na restrição de novos créditos para as futuras safras, visto receio de que os agricultores fiquem inadimplentes. Diante disso, Agnaldo Barcelos entende a necessidade de pensar em pautas estruturantes para o meio rural, com alternativas a longo prazo.

A Fetag, que promove o Grito de Alerta, também entende que o governo federal precisa conceder mais subsídios ao milho Conab, para que possa chegar aos produtores com preço acessível, além do aumento de locais para retirada desse cereal no Estado, por exemplo, em cerealistas, até porque a falta de chuva praticamente dizimou a atual safra de milho gaúcha, o que impacta na alimentação dos animais.

Na mesma entrevista na Progresso nesta manhã, Agnaldo Barcelos frisou a importância de que seja alterada a lei sobre reserva de água nas propriedades a fim de ampliar a irrigação em tempos de estiagem. O entrevistado considerou importante o perdão de dívidas das sementes do programa Troca Troca, definido pelo governo gaúcho, além da melhoria do programa de forrageiras. Porém, comentou a necessidade do Estado acelerar a liberação de recursos do projeto Avançar na Agricultura para implantação de irrigação, abertura de poços artesianos e construção de redes de água.

Além das consequências da seca, o Grito de Alerta, no mês que vem, em Ijuí, vai discutir a alta dos custos de insumos agrícolas, retomada do Programa Nacional da Habitação Rural, defesa do SUS, salário mínimo, dentre outros temas. O Grito de Alerta estava marcado para 3 de março, mas foi antecipado em razão da urgência de reivindicar medidas de apoio aos agricultores.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí