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Vacina contra Covid tem alta prevenção contra mortes e hospitalizações

23 de janeiro de 2022

Uma análise publicada em 10 de dezembro de 2021 pela Fiocruz sobre a efetividade das vacinas no Brasil mostrou que todas conferem grande redução do risco de infecções, internações e óbitos por covid-19. Considerando os desfechos graves (internação ou óbito) em indivíduos com idade entre 20 e 80 anos, a proteção variou entre 83% e 99% para todos os imunizantes.

“Na população abaixo de 60 anos, todas as vacinas apresentam proteção acima de 85% contra risco de hospitalização e acima de 89% para risco de óbito”, indica o estudo.

A alegação de que as vacinas “não impedem a forma grave, mas reduzem UTI”, incluída nas publicações viralizadas, foi classificada como incorreta por Flávio Fonseca. “A gente considera doença grave qualquer doença que determine internação do paciente, seja na UTI ou na enfermaria. Se ele precisa de assessoria médica, de cuidado médico, já é uma forma grave da doença, senão ele poderia se tratar fora do hospital. Quando a pessoa vai para a UTI é uma situação de vida ou morte. A vacina previne não apenas as situações de vida ou morte mas também as doenças graves, com necessidade de internação”.

Mônica Levi, diretora da SBIm, agregou:

“Os dados dos estudos sugerem uma menor eficácia das vacinas para as variantes de preocupação, no momento, delta e ômicron, e isso nós chamamos de escape vacinal. No entanto, essas vacinas se mostraram extremamente eficazes na prevenção de formas graves e de óbitos, visto que em todos os locais em que houve uma explosão da ômicron, um aumento explosivo do número de casos, isso não resultou em um aumento proporcional no número de internações em UTI e nem óbitos”

Em dezembro de 2021, a Pfizer anunciou que duas doses de sua vacina oferecem 70% de proteção contra casos graves da variante ômicron. A Janssen anunciou, no mesmo mês, que, com uma dose de reforço, dados preliminares mostraram 85% de eficácia contra hospitalizações na África do Sul, no período em que a ômicron era dominante. A Fiocruz divulgou um estudo cujos dados coletados no Brasil mostraram que, após 18 a 19 semanas da aplicação da segunda dose da vacina Oxford/AstraZenca, a proteção caía para 42,2%. Já o Butantan afirmou que a Sinovac está trabalhando em uma atualização da CoronaVac contra a ômicron.

Fonte: AFP.