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Fecoagro tentará apoio dos bancos visto estiagem que já causa prejuízos de R$ 36,1 bilhões

27 de janeiro de 2022

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul é uma das entidades que participa de encaminhamentos para conquistas de medidas, junto aos governos estadual e federal, a fim de beneficiar os agricultores atingidos pela estiagem.

Durante entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Fecoagro, Paulo Pires, disse que ontem participou de reunião até as 22 horas e 30 minutos com a direção da Farsul para discutir ações. Há 15 dias, durante visita da Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, em Santo Ângelo, entidades agrícolas gaúchas e poder público entregaram uma pauta de reivindicações, por exemplo, prorrogação de custeios e financiamentos que venceram ou expiram até 31 de julho deste ano, para que sejam cobrados a partir do segundo semestre de 2022.

Na próxima segunda-feira, Paulo Pires vai ter encontro, em Porto Alegre, com instituições financeiras para pedir, em nome da Fecoagro, medidas de apoio, por exemplo, para produtores de leite que também registram grandes prejuízos em razão da falta de chuva. Frisou que também são necessárias linhas de crédito para produtores que possuem débitos com as cooperativas, pois como os agricultores irão colher pouco, ficarão sem recursos para quitar essas dívidas.

Levantamento divulgado nesta semana pela Fecoagro, aponta que perdas do setor agrícola, causadas pela falta de chuva, já chegam a 36 bilhões, 140 milhões de reais. O impacto na soja é de 29, bilhões, 510 milhões reais, enquanto que no milho este valor é de 6 bilhões, 620 milhões.

O estudo ainda considera que o efeito dominó na economia gaúcha, se considerar que a matriz insumo-produto, para cada 1 real gerado da porteira para dentro, outros 3 reais e 29 centavos serão gerados nos demais setores que atuam fora da porteira devido a este ganho de safra, pode chegar a 115 bilhões, 670 milhões de reais, somente se levar em conta a quebra na soja e milho. A redução na safra de soja é de 48,7%, no entanto, em algumas regiões as perdas ultrapassam os 70%. Já no milho, as estimativas apontam para perda de 70% das lavouras.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí