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Fetag intensifica mobilização para que governo federal anuncie medidas em razão da estiagem

3 de fevereiro de 2022

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul busca, junto ao governo estadual, a criação de uma linha de crédito para atender produtores atingidos pela estiagem e que o pagamento desse empréstimo seja feito em cinco anos. Além disso, a entidade quer a implantação do Bolsa Estiagem.

Em entrevista hoje pela manhã na RPI, o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, disse que já foram possível algumas conquistas em âmbito de Estado, por exemplo, anistia do programa Troca Troca de Sementes desta safra e antecipação das forrageiras para plantio da safra de inverno. Além disso, o Executivo gaúcho efetua liberação de recursos financeiros do programa Avançar na Agropecuária e Desenvolvimento Rural, por exemplo, para poços artesianos e micro açudes.

Porém, Carlos Joel da Silva frisou que em relação ao governo federal, ainda não há nenhuma resposta das reivindicações, visto a seca. As entidades agrícolas propõe, por exemplo, que os financiamentos que já venceram ou expiram nesse primeiro semestre, para que sejam prorrogados ao segundo semestre de 2022. Anteontem, o presidente da Fetag participou de reunião com o Banco Central. Houve debate sobre prorrogação das operações de crédito rural, crédito emergencial e o aperfeiçoamento do Proagro. Ainda foi cobrada a necessidade de revisão do zoneamento agrícola. Segundo o Banco Central já são disponibilizados cerca de 2 bilhões de reais para indenização dos agricultores via Proagro. Contudo, é necessário o aporte de orçamento extraordinário do Tesouro Nacional para a equalização dos juros das prorrogações e para o crédito emergencial.

Ontem, Carlos Joel da Silva conversou com o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Economia, Rogério Boueri. Conforme o presidente da Fetag, o representante do governo federal informou que o aumento da Selic, ou seja, a taxa básica de juros, que ocorreu ontem, de 9,25% ao ano para 10,75%, pode inviabilizar a manutenção de juros antigos para os agricultores.

Nesta manhã, Carlos Joel da Silva participou de reunião, em Ijuí, para organizar o Grito de Alerta, que vai ocorre na Colmeia do Trabalho no próximo dia 16. Ele observou que pelas consequências da falta de chuva, o Grito de Alerta redireciona a pauta e vai ter como foco principal a reivindicação de apoio para os produtores rurais, pois, especialmente a safra de soja vai ter muita redução.

Fonte: Radio Progresso de Ijuí
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