Pauta do Grito de Alerta será entregue nesta terça-feira para órgãos governamentais em Ijuí

O 10º Grito de Alerta vai acontecer quarta-feira em Ijuí, mas amanhã integrantes da Fetag e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais vão se reunir com diferentes órgãos no município para apresentar a pauta de reivindicações.

Ao falar hoje pela manhã na Progresso, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul, Carlos Joel da Silva, explicou que amanhã haverá visitas, por exemplo, em agências bancárias, INSS, prefeitura, Câmara de Vereadores e representação do setor empresarial. O Grito de Alerta vai começar as 9 horas de quarta-feira, com a concentração na Praça da República de Ijuí. A perspectiva é que a mobilização da agricultura familiar termine ao meio-dia e 30 minutos.

Em função da pandemia Covid, não haverá caminhada. Carlos Joel da Silva lembra que a mobilização foi antecipada do dia 3 de março para esta semana em razão dos impactos causados pela estiagem na produção rural. Isso porque, são necessárias medidas urgentes, principalmente por parte do governo federal, para minimizar os prejuízos dos agricultores. Comentou que a Ministra da Agricultura, Teresa Cristina, esteve em Santo Ângelo no mês passado, verificou pessoalmente as perdas nas lavouras, porém até agora a União não divulgou nada de auxílio. Um dos pedidos é a prorrogação do pagamento de contratos de financiamentos, que vencem até julho deste ano, ou já venceram, para a partir do segundo semestre de 2022.

“A agricultura segurou o país em pé nesse dois anos de pandemia Covid, agora está na hora do governo olhar para o setor rural”, destacou o presidente da Fetag ao avaliar a necessidade de anúncios urgentes de apoio para os produtores em virtude da seca. Além disso, comentou que seguem os altos custos de produção. Com isso, pouco adiante a saca da soja estar cotada numa média de 193 reais, nesta segunda-feira, na região de Ijuí, por exemplo, se os insumos têm preços elevados. Além do mais, mesmo com a soja e milho alta cotação, nesta safra de verão os agricultores praticamente não terão produto para vender, consequência da estiagem.