Previsto para o final do mês de abril, o retorno das taxas normais nas cobranças de energia elétrica dos consumidores brasileiros foi anunciado já nesta primeira semana. O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou nesta quarta-feira, 06, via Twitter, que todos os consumidores de energia do país terão bandeira verde. Em função da escassez hídrica, principalmente, foi criada a taxa adicional desde o ano passado, além das já habituais verde, amarela e vermelha em casos de crise.
Conforme explica o presidente do Departamento Municipal de Energia Elétrica de Ijuí (Demei), Marco Aurélio Sikacz, R$ 14,20 eram cobrados a cada 100 kwh consumidos, fazendo com que as contas de energia aumentassem somadas às cobranças de impostos. “O que acontece agora, o cronograma da Aneel tinha a redução prevista até o fim de abril e houve a antecipação de data pelo governo, a partir do dia 16 não será mais cobrado os quatorze reais por kwh. Os 20% foram uma consequência na taxa de cobrança e é uma estimativa de que pode haver uma redução, não que vá reduzir os 20%”, explicou ele.
As faturas com leitura até o dia 16 de abril terão uma proporcionalidade nos valores, sendo parte em bandeira vermelha e outra em verde, e a partir de maio deverão vir com os valores abaixo dos meses anteriores.
A falta de água nos reservatórios é um dos principais fatores para a alteração na bandeira tarifária de energia elétrica, principalmente no centro do país onde se encontram os maiores reservatórios, como no caso de São Paulo, onde graves problemas foram relatados no ano anterior. “Mas agora com chuvas e os reservatórios não 100% mas muito próximos disso, tem água suficiente pra fazer as hidrelétricas trabalharem e poder se desligar as termoelétricas, que garantiam a energia do Brasil”, finalizou Sikacz.