Estratégias de reforço no combate ao Aedes aegypti, mosquito causador da dengue e outras doenças, estão em planejamento para serem executadas em conjunto entre governo do Estado e municípios, com apoio da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).
Até esta terça-feira (12/7), o Rio Grande do Sul registrou 62 óbitos por dengue em 2022, e 449 municípios, do total de 497, são considerados infestados pelo mosquito transmissor. Desde 2015, na série histórica, o Estado havia registrado apenas cerca de um terço do número de óbitos ocorridos em decorrência da doença este ano.
“Se não trabalharmos em conjunto, a tendência para o próximo verão é vermos os casos e óbitos por dengue ainda mais preocupantes”, avaliou a secretária da Saúde, Arita Bergmann, em reunião com o presidente da Famurs, Paulinho Salerno.
Entre as estratégias que serão implementadas está o uso de novas tecnologias. Uma delas já é utilizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Amazônia, um larvicida colocado em pontos de maior proliferação do mosquito. Está em tratativa a possibilidade de uma capacitação da Fiocruz aos agentes municipais, proporcionada pela Secretaria da Saúde (SES) e Famurs.
Outra tecnologia é a borrifação de um inseticida dentro das residências. Essa estratégia e o insumo utilizado são inéditos no Brasil, mas devidamente aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizado em outros países, como Colômbia. A terceira estratégia cogitada chama-se Ovitrampa, que são armadilhas que monitoram a presença do Aedes aegyti em determinadas regiões.
Em paralelo a essas ações, haverá um reforço junto aos gestores municipais para que elaborem campanhas de comunicação diretamente com a população, mobilizem secretarias municipais de todos as áreas e incentivem os estabelecimentos e a iniciativa privada a realizarem mutirões de limpeza, entre outros. Além disso, a SES disponibiliza informações técnicas de vigilância em Saúde pelo Canal Dengue, na plataforma online Teams.