A secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul utiliza o Centro de Operações de Emergência, utilizado para a Covid 19, para enfrentar, neste momento, a varíola dos macacos. Trata-se da estratégia de combate à doença. A pasta quer agregar diversos segmentos, por exemplo, sociedades de dermatologia, preparar a rede de assistência à saúde, sensibilizar os municípios ao diagnóstico da doença, entre outros quesitos.
Em Ijuí, a secretaria municipal de Saúde acompanha as discussões em nível estadual e assim que houver definição quanto à linha de atuação, o município vai implantar ações. Segundo o secretário municipal da Saúde, Márcio Strassburger, por enquanto a orientação é de que as pessoas fiquem atentas a possíveis casos. Em Ijuí, não há suspeita da varíola dos macacos.
Primeiro caso na região
A Secretaria de Saúde de Santo Ângelo, por meio do Setor de Epidemiologia, recebeu na manhã desta terça-feira (09) do Laboratório Central do Estado (Lacen-RS) o resultado do exame que confirmou o primeiro caso da varíola dos macacos em Santo Ângelo. Na oportunidade, a doença foi confirmada em um homem que recentemente retornou de viagem dos Estados Unidos.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Flávio Christensen, a SMS realiza o monitoramento do paciente, que não necessitou de internação hospitalar, e de seus familiares, os quais estão assintomáticos. “O paciente apresentou sintomas de cansaço, dores nas pernas e num segundo momento apareceram bolhas na pele, quando foi realizado o exame que confirmou a doença”, disse.
Christensen ressaltou que as equipes da UPA 24 Horas, das UBS e ESF, além do Hospital Santo Ângelo (HSA) receberam todas as orientações a respeito dos sintomas e a necessidade de exame para a confirmação de possíveis novos casos no município.
VARÍOLA DOS MACACOSA varíola dos macacos é transmitida pelo vírus monkeypox, que pertence ao gênero orthopoxvirus. É considerada uma zoonose viral (o vírus é transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas muito semelhantes aos observados em pacientes com varíola, embora seja clinicamente menos grave. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
TRANSMISSÃO
* Contato com secreções respiratórias ao falar, tossir ou espirrar;
* Contato físico próximo com pessoas contaminadas que apresentem sintomas;
* Contato com lesões e fluidos corporais;
* Contato com materiais de uso pessoal de alguém que está infectado, como roupa de banho, roupa de cama e talheres.
SINTOMAS
* Febre acima de 38,5°C;
* Fraqueza e mal-estar;
* Dor de cabeça;
* Inchaço e dor nos gânglios (principalmente atrás da orelha e atrás da cabeça).
* Depois de um a três dias do início dos sintomas, começam a surgir lesões na pele. Elas aparecem na cabeça, na face e no pescoço, descem pelo tronco e chegam às extremidades em um processo que pode levar até 21 dias.
* Inicialmente, elas têm o aspecto de mordidas de mosquito;
* Depois, viram vesículas parecidas com aquelas causadas pela catapora;
* As lesões crescem juntas, ao mesmo tempo e seguindo o mesmo padrão;
* Formam uma espécie de umbigo no centro e vão escurecendo;
* Quando viram crostas, caem e são substituídas pela pele normal que está embaixo. Só no momento em que elas caem é que você efetivamente não contamina mais ninguém, e o ciclo da doença acabou.