Apesar das ações de higiene de praxe, já adotadas nas escolas e creches municipais de Ijuí, a Secretaria Municipal de Educação do município tomou recentemente medidas adicionais para reforço destas práticas no dia a dia escolar. A determinação é para redobrar os cuidados, especialmente quando começam surgir muitas viroses. A mais recente, com casos confirmados em duas escolas de educação infantil, é a síndrome Mão-Pé-Boca.
De acordo com a secretária adjunta de educação, Luciana Deutschmann, os casos confirmados são nas Escolas Municipais Infantis (EMI) Casa da Criança e Cândida Turra, no entanto, tratam-se de casos isolados, que não representam um ‘surto’. Luciana disse ainda que a secretaria orientou todas as escolas para que, em caso de suspeita do vírus, acionem os pais e/ou responsáveis e a criança seja imediatamente afastada das atividades, para que haja diagnóstico e, caso confirmado, o tratamento.
“A vigilância epidemiológica do município emitiu uma nota de orientação, que foi repassada às escolas, a partir de então, estamos monitorando os casos e trabalhando junto com as equipes diretivas”, pontuou.
A Síndrome
A síndrome Mão-Pé-Boca (SMPB é uma infecção causada por vírus, contagiosa e muito comum em crianças. Ela se manifesta por pequenas feridas na boca e irritação/vermelhidão na pele das mãos e nos pés.
Na maioria das vezes causa também um risco de desidratação, já que a dor de garganta pode fazer com que a criança pare de aceitar alimentos e líquidos. A SMPB ocorre frequentemente nas crianças com menos de 5 anos, mas pode, eventualmente, acometer também os adultos.
Os vírus podem ser transmitidos por contato com secreções das vias respiratórias, secreções das feridas das mãos ou dos pés e pelo contato com fezes dos pacientes infectados. Por isso é importante se precaver em situações como beijos, ingestão de água e alimentos compartilhados com alguém infectado, aperto de mão em alguém contaminado, contato com brinquedos ou objetos que possam ter sido contaminados por mãos sujas e troca de fraldas de crianças contaminadas, entre outras.
Sintomas
Os primeiros sintomas a surgirem costumam ser dor de garganta e febre, por volta dos 38ºC. Também há mal-estar e perda do apetite. Num primeiro momento a doença é muito parecida com qualquer quadro de virose comum, sendo impossível o seu diagnóstico clínico nesta fase.
Um ou dois dias após os primeiros sintomas, começam a surgir lesões características que dão o nome à doença mão-pé-boca.
As lesões da boca começam como pontos avermelhados, que se transformam em pequenas bolhas e posteriormente em ferimentos semelhantes às aftas comuns. Surgem na língua e nas partes internas dos lábios e bochechas. O “céu da boca” também pode ser afetado.
Um ou dois dias após o surgimento das lesões da boca começam também a aparecer lesões nas palmas das mãos e nas solas dos pés. A ferida inicia-se como pequenas bolhas e podem se romper, liberando um líquido contagioso. Nádegas, coxas, braços, tronco e rosto também podem apresentar algumas lesões.
Tratamento
Para o tratamento, em geral, são ministrados anti-inflamatórios ou analgésicos para controlar os sintomas de dor e febre. É importante manter as crianças bem hidratadas. Nos casos mais graves, principalmente nas crianças que recusam a alimentação e líquidos, e passam a correr risco de desidratação, a internação hospitalar pode ser necessária.
Pessoas contaminadas devem ficar em casa. Crianças não devem ir à creche ou à escola. Como o vírus ainda pode ser eliminado nas fezes mesmo após a cura dos sintomas, é importante que o paciente lave as mãos com frequência, principalmente após ir ao banheiro e antes de manusear os alimentos.