As consultas de gestantes indígenas para o acompanhamento de pré-natal no Hospital Santo Antônio, em Tenente Portela, começaram nesta terça-feira (7/2). A partir de contrato emergencial entre a Secretaria Estadual da Saúde (SES) e a instituição, todas as gestantes passarão por exames, farão ultrassom e terão a estratificação de risco. Há 89 gestantes indígenas no município de Redentora que moram na Terra Indígena Guarita, a maior do Rio Grande do Sul.
Crianças menores de dois anos previamente avaliadas pela equipe de saúde também receberão atendimento no hospital. O prazo inicial acordado para as ações emergenciais é de 60 dias e haverá monitoramento constante, com reavaliação após o término. Durante esse período, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), vinculada ao Ministério da Saúde, e Redentora se articulam para realizar o acompanhamento pré-natal das gestantes e das crianças indígenas de forma regular.
“A Secretária da Saúde atua, em conjunto com outros órgãos governamentais, para normalizar a situação dos indígenas não apenas de imediato, como também facilitar o acesso dessa população aos serviços de saúde de forma permanente”, afirma a diretora adjunta do Departamento de Atenção Primária e Políticas de Saúde, Marilise Fraga de Souza.
A ação foi definida entre a SES, o hospital, a Sesai e Redentora. A Sesai e o município garantem o deslocamento das gestantes ao hospital. Os exames laboratoriais serão custeados pelo município. O cronograma prevê atendimentos até 14 de fevereiro, e as gestantes serão atendidas por uma equipe multidisciplinar composta por obstetras, enfermeira, psicóloga, assistente social e técnicos de enfermagem.