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Coronel Barros tem perdas de mais de R$ 70 milhões com estiagem e Panambi cerca de R$ 153 milhões

15 de fevereiro de 2023

Com a decisão das prefeituras de Coronel Barros e Panambi em decretar situação de emergência em razão da estiagem, todos os 11 municípios da Associação dos Municípios do Planalto Médio adotaram essa medida. A administração municipal de Coronel Barros assinou hoje o decreto. Conforme o prefeito, Edson Arnt, o prejuízo com as principais culturas de verão estão em 70 milhões, 745 mil reais.

Panambi, até o final desta tarde ainda não oficializou, mas está tudo encaminhado. No município de Panambi, segundo o secretário de Governo, Marco André Régis, o prejuízo acumulado na soja, milho, leite e produção de laranja é de 152 milhões, 764 mil reais. Somente na soja, as perdas com a falta de chuva estão em 76 milhões de reais. No milho, a quebra é de 25 milhões, 445 mil reais; leite, 9 milhões, 806 mil; e laranja, 276 mil reais.

Ijuí

Números atualizados pela Emater apontam que o prejuízo causado pela estiagem, em Ijuí, é de 297 milhões, 360 mil reais. São 182 milhões, 257 mil reais a mais que o primeiro levantamento, divulgado em 6 de janeiro. Os novos dados são de ontem. Somente na soja, a falta de chuva causa perdas de 231 milhões de reais, acréscimo de 163 milhões num comparativo com o começo de janeiro. A expectativa inicial de rendimento médio de 60 sacas por hectare caiu para 25 sacas da oleaginosa. Por hectare de soja, o cálculo da Emater indica prejuízo de 5 mil, 775 reais.

Já no milho grão as perdas, em Ijuí, são calculadas em 1 milhão, 770 mil reais, pois da estimativa média de 109 sacas de produtividade por hectare, agora está em 66 sacas. No que concerne ao milho silagem a quebra, se contabilizar primeira e segunda safras, é de 24 milhões; pastagens, 17 milhões e 500 mil; feijão, entre primeira e segunda safras, 300 mil; piscicultura, 2 milhões, 520 mil reais; olerícolas, 6 milhões; fruticultura, 3 milhões e 200 mil reais; e na produção leiteira, 6 milhões e 300 mil reais de prejuízo. Também compõe o levantamento da Emater, perdas pela estiagem, em Ijuí, nas culturas da mandioca, cana de açúcar e batata doce.

O extensionista da Emater, Edewin Benrich, ressalta que de outubro do ano passado até hoje, choveu 184 milímetros, segundo ponto de monitoramento que a Emater possui na cidade de Ijuí. O ideal, para bom rendimento da soja, é de 500 milímetros de chuva no mesmo período, em caso de precipitações bem distribuídas, ou cerca de 700 milímetros se forem chuvas mais esparsas. Para o milho o normal seria de, pelo menos, 700 milímetros. Outra informação é de que de novembro para cá foram apenas 14 dias de chuva. Em outubro chegou a chover 185 milímetros em Ijuí, mas em novembro foram 30, dezembro, 39, janeiro, 77, e fevereiro, até agora, 38 milímetros na cidade.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí