A comoção toma conta de Nova Ramada. A morte de Carlize Prauchner Jope, de 38 anos, emociona todos que a conheciam. A mulher foi morta degolada pelo marido, Ademir Jope, por volta das 7h50 desta quarta-feira, 15. Na noite anterior, o homem havia publicado nas redes sociais que a amava. No entanto, a situação entre o casal estava conturbada e Carlize não estava mais morando junto dele.
Mãe de dois filhos – um menor e outro maior de idade – Carlize é classificada como uma mãe extremamente dedicada e querida pela comunidade. Recentemente ela deixou o cargo de oficineira do Núcleo de Apoio a Atenção Básica (NAAB) que atuava junto à prefeitura, para gerenciar o restaurante Novo Sabor, no Centro administrativo, local próximo à Prefeitura. Neste estabelecimento comercial foi praticado o crime.
“Não conseguimos acreditar. Ela era uma mulher simpática, brincalhona e sempre apegada aos filhos”, disseram familiares que estavam no local.
O crime
Carlize Prauchner Jope, de 38 anos, a vítima fatal de um feminicídio ocorrido no início da manhã desta quarta-feira, 15, em Nova Ramada. Conforme as informações da Brigada Militar, que segue atendendo a ocorrência, o chamado aos policiais aconteceu por volta das 8h30min.
Carlize foi morta pelo marido, Ademir Jope, degolada dentro de um restaurante que fica junto ao Centro Administrativo de Nova Ramada.
Após o crime, o homem fugiu para um matagal. Os policiais seguem as buscas para tentar localizá-lo.
Primeiro feminicídio da história do município
O feminicídio registrado no começo da manhã desta quarta-feira, 15, em um restaurante junto ao Centro Administrativo de Nova Ramada foi o primeiro caso desse tipo de crime no município desde o início da série histórica dos dados, ocorrida em 2013, conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-RS).
Antes do crime desta quarta-feira, quando Carlize Prauchner Jope, de 38 anos, foi morta degolada pelo marido, apenas uma tentativa de feminicídio havia sido registrada no ano de 2016.
Depois disso, houve registros somente de lesões corporais de mulheres nos anos de 2018, 2019 e 2020, com três registros em cada ano, e mais uma lesão corporal em 2021 e uma no ano passado. A motivação do crime desta quarta-feira ainda é investigada pela polícia.