A criação de uma proposta alternativa à apresentada pelo Governo Estadual que visa mudanças de arrecadação e distribuição dos recebimentos do IPE Saúde foi tema da reunião que envolveu, além da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (CREMERS) e o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (SIMERS). O presidente da AMRIGS, Gerson Junqueira Jr., foi recebido junto aos demais representantes pela deputada estadual Delegada Nadine (PSDB).
Uma das iniciativas trata do aumento das possibilidades de coparticipação, incluindo esta modalidade também em casos de internação e procedimentos cirúrgicos. Outra ideia debatida no encontro foi a de permitir aos usuários do plano ter apenas o hospital da realização de sua internação pago diretamente pelo IPE Saúde, desta forma, havendo a possibilidade de negociar diretamente com os médicos as condições de realização de um tratamento que envolva a hospitalização. Tudo isso no intuito de que cesse o descredenciamento de profissionais que atendem ao plano e se evite uma saída em massa de usuários do IPE.
“É indispensável esse diálogo com as entidades que são representativas dos médicos, fundamentais na manutenção do IPE Saúde. Infelizmente eu tenho dito que é um projeto que não está agradando a ninguém”, afirmou Delegada Nadine.
O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., reforça o empenho das entidades médicas em qualificar o projeto. “Essas sugestões já foram entregues em outras ocasiões para outros deputados e principalmente para o Chefe da Casa Civil e para o presidente do IPE. Agora tivemos esse canal de conversa com a deputada Delegada Nadine e veremos qual é o desdobramento que isso terá junto ao nosso governador. Acho isso muito importante”, sinalizou.
A parlamentar assegurou que encaminhará as demandas ao governador do estado, Eduardo Leite. Agora, o executivo estadual corre contra o tempo para enviar o projeto de reestruturação do IPE Saúde finalizado à Assembleia Legislativa. O objetivo é evitar o risco de que, em função da burocracia da tramitação, a apreciação acabe ficando para o segundo semestre, devido ao recesso do meio do ano, mesmo que o texto seja enviado em regime de urgência.