A colheita de trigo no Rio Grande do Sul foi oficialmente aberta, ontem, 05, em Cruz Alta. O vice-governador Gabriel Souza e os secretários da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, e de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, participaram do evento simbólico na Agropecuária São João. Os três também estiveram na abertura da 17ª Feira Nacional do Trigo (Fenatrigo), no Parque de Exposições do mesmo município, considerado capital do cereal no Brasil.
Apesar das adversidades climáticas que impactaram as plantações, os produtores estão otimistas para a colheita. Antes das chuvas registradas em setembro, a expectativa era ter a segunda melhor safra da história – perdendo apenas para a edição passada, quando foram colhidas mais de 5 milhões de toneladas. Para este ano, a previsão é de cerca de 4,5 milhões de toneladas.
“O governo do Estado tem incentivado uma série de políticas para apoiar o campo – como a produção do etanol, que reflete em toda a cadeia produtiva e na sustentabilidade”, destacou o vice-governador em sua fala. Gabriel também lamentou os fenômenos climáticos que, além de terem prejudicado a agricultura e a estrutura dos municípios de forma generalizada, já vitimaram 51 pessoas.
Feltes ressaltou que o trigo é uma das culturas mais semeadas no inverno e lembrou a produção histórica alcançada em 2022. “A expectativa deste ano, em termos de produção, é mais modesta, principalmente devido aos efeitos do El Niño, que tem afetado a cultura do cereal. Ainda assim, esperamos ter uma produção de qualidade”, afirmou.
“Nossos agricultores seguem persistentes em cultivar esse alimento tão importante. O trigo movimenta a economia da cidade, é uma cadeia para emprego, renda e qualidade de vida para todo o Rio Grande do Sul”, disse a prefeita de Cruz Alta, Paula Rubin Facco Librelotto.
Ações na estiagem
A estiagem, que também costuma castigar as lavouras, foi outro ponto levantado pelo vice-governador. Ele lembrou do projeto de lei aprovado nesta semana por unanimidade na Assembleia Legislativa, que tornou Cruz Alta a capital nacional da irrigação.
A iniciativa do deputado estadual Rafael Braga reconhece os quase 15 mil hectares irrigados do município. “Precisamos agir preventivamente para apoiar os produtores, e essa lei vai nesse caminho, incentivando ações e medidas que beneficiam o meio rural”, frisou Gabriel.