Nos últimos dias os atendimentos se intensificaram no Hospital de Ajuricaba e as equipes estão redobrando esforçar para prestar um atendimento especial e mais zeloso possível aos pacientes, conforme declara a administração da instituição. O aumento significativo de paciente fez ocupar lotação máxima dos leitos e exigir readequação dos espaços para poder oferecer os serviços de atendimento a saúde.
Contudo, além da lotação, o diretor executivo Josemar Alves Martins ressalta uma outra problemática vivenciada no atual momento, que interfere diretamente na gestão e preocupa a direção da instituição, que é o grande número de paciente usando sonda para se alimentar, que eleva os custos de manutenção, os quais tem cobertura parcial, tanto pelo SUS como por recursos destinados a manutenção da UCP – Unidade de Cuidados Prolongados, ou seja, governos estadual e federal.
“Numa empresa privada comercial, se um produto ou serviço não dá lucro ou gera prejuízos, é suspendido. Aqui nos Hospital não, pois falamos de cuidados em saúde, de vidas e todos querem o melhor para si ou familiar, então o atendimento é realizado e o ressarcimento deve ser visto depois”, explica Martins, comparando com outros hospitais da região, de grande porte, que tem números inferiores de pacientes com sonda.
Ele comenta ainda que o Hospital recebe o maior suporte por parte do município, da Prefeitura. “O prefeito Ivan e vice Paulo assumiram a responsabilidade com a nossa entidade, desde lá de traz, para não deixar fechar e até hoje com a destinação de recursos e manutenção das atividades”.
Para exemplificar a situação a gestão explica que no momento são 18 pacientes com dieta enteral em sistema fechando, ou seja: usando sonda para alimentação. O custo dia de cada paciente é variável, porém em uma média fica em torno de R$ 55,00.
“Se calcularmos estes R$ 55,00 que seria o custo de cada paciente, por 18 pacientes, temos um custo de R$ 990,00, isso para apenas um dia, se os 18 pacientes mantiverem um prazo de um mês o valor mensal será de R$ 29.700”, explica Diogo Mariotti, farmacêutico responsável, completando: “muitos nos indagam por que não usamos o sistema aberto e temos vários motivos pelos quais não é viável, pois teríamos que ter uma mudança de estrutura em nossa cozinha que traria um custo orendo. Segundo, que a contaminação é muito maior e também teríamos que ter quatro funcionários fixos diários só para a preparação das dietas em seus frascos, fora os custos dos frascos”, argumenta, justificando que por isso que o sistema fechado é ainda melhor.
Dos 18 pacientes com sonda para alimentação, 13 são da UCP, dois de convênios e outros três no sistema hospital geral. A enfermeira responsável do Hospital Taisa Bagetti fala sobre as dificuldades, mas afirma que as equipes são treinadas e especializadas para oferecer um atendimento de qualidade e humanizado.
Ela destaca ainda uma terceira problemática vivenciada pela instituição, que é referente ao número de pacientes em isolamento. “Hoje temos sete pacientes que necessitam usar unidades de isolamento, o que carece de redobrar os cuidados, deste a limpeza, serviço de alimentação, até o atendimento dos profissionais de saúde. Esses pacientes contraíram bactéria em momentos que estiveram na UTI”, explica.
A médica Taiana D’ Algo Aquilla, responsável pela UCP, reafirma o compromisso de zelar pela saúde, usando sempre o melhor método, visando contribuir para a recuperação da saúde do paciente. “Hoje a entidade está com números expressivos, tanto com uso de sonda, como a lotação, mas os profissionais estão redobrando esforços para dar o melhor atendimento”, completa.