Para conter a propagação da dengue no Rio Grande do Sul, o Comitê de Operações Estratégicas definiu, ontem, uma série de ações contra o mosquito Aedes aegypti. Estão entre as medidas está a realização de campanhas contra a dengue nas escolas, ainda intensificação, inclusive nos prédios públicos, da busca pelos focos de reprodução do inseto. Também proposto o reforço no tratamento oferecido pela Atenção Primária nos municípios para a rápida identificação de sintomas e qualificação na oferta de tratamento à população.
O Rio Grande do Sul registra a terceira maior letalidade do país pela dengue, com oito óbitos confirmados. Do total de pessoas mortas, três pessoas residiam em Tenente Portela, uma em Santa Rosa, outra em Frederico Westphalen e, ainda, um óbito em Cruz Alta. O Estado também registra um aumento de 1.100% no número de casos confirmados nas últimas quatro semanas em comparação com o mesmo período em 2023.
Região Celeiro
A região Celeiro concentra grande parte dos casos de dengue no Estado neste ano. Tenente Portela lidera o ranking no Rio Grande do Sul, com 2.500 infectados. Em Independência são 123 casos; Derrubadas, 221; Crissiumal, 153; Barra do Guarita, 373; Miraguaí, 88; Redentora, 189; Três Passos, 687; e Vista Gaúcha, 96. Na região norte, Frederico Westphalen acumula 250 casos de dengue; e Pinheirinho do Vale, 271. Ainda se destacam Cerro Largo, com 253 casos; e Três de Maio, 164.
Preocupa o município de Santa Rosa, com grande acréscimo de infectados nos últimos dias. O acumulado é de 729 casos de dengue e 499 em investigação. O governo municipal de Santa Rosa organizou uma força tarefa para limpeza e vistoria em espaços públicos. Há contato com empresas para que organizem equipe de combate à dengue. Um dos objetivos principais é evitar água parada. Novos agentes de combate à dengue foram contratados.