O Rio Grande do Sul deverá colher nesta safra mais de 35 milhões de toneladas de grãos em uma área plantada de mais de 8,4 milhões de hectares, conforme estimativa da Emater/RS-Ascar. Os números estimados da safra de verão 2023/2024 foram apresentados na manhã desta terça-feira, 5 de março, pelo diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, durante café da manhã para a imprensa realizado na Casa da Emater na Expodireto Cotrijal.
A soja, principal cultura em termos de produção e área de plantio no Estado, deverá apresentar uma produção de cerca de 22,24 milhões de toneladas em uma área plantada de 6,68 milhões de hectares, o que representa um acréscimo de 70,83% na produtividade, 71,52% na produção e 0,35% na área plantada em relação à safra anterior, que sofreu com efeitos da estiagem.
Baldissera apontou que, se forem confirmados esses números, a safra 2023/2024 fica no topo do ranking da linha do tempo em comparação a anos anteriores. “Os números da soja são muito bons, uma vez que na safra passada a cultura ficou em décimo lugar no ranking e, neste ano, poderá alcançar a primeira posição se esta estimativa for confirmada”. Comparada à safra anterior, quando o grão teve produtividade média de 1.949 kg/ha, a estimativa para a safra atual é que fique em 3.329 kg/ha.
Em relação ao arroz irrigado, a Emater/RS-Ascar estima produtividade de 8.325 kg/ha e uma produção de mais de 7,49 milhões de toneladas do grão. Já o milho teve uma área plantada de 812.795 ha, com projeção de produção de 5,2 milhões de toneladas e uma produtividade média de 6.401 kg/ha. Em relação ao feijão, a estimativa para a segunda safra é de uma produção de 31,20 mil toneladas em uma área cultivada de 19.900 hectares.
O secretário estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, comemorou a perspectiva de resultados positivos nesta safra de verão. “A safra vai ser de muita positividade e a gente está aguardando ansioso para que isso aconteça. Afinal de contas, nós estamos vindo de um processo de recuperação desse setor que foi muito penalizado nos últimos anos, mas que, apesar de tudo, demonstra uma capacidade de resiliência e de superação que é invejada por todos”.
O levantamento dos dados foi feito pelos escritórios municipais e revisado e compilado pelas gerências Técnica e de Planejamento da Emater/RS.