O interior do estado gaúcho foi cenário de descoberta. Mais precisamente na cidade de Agudo, o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, o professor Max Cardoso Langer, da Universidade de São Paulo (USP), e o professor Sérgio Dias da Silva, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), descobriram uma nova espécie de dinossauro.
Segundo o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, do Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da UFSM, além de os materiais estarem associados e bem preservados, eles representam a primeira ocorrência de esqueletos completos de dinossauros no Brasil.
O animal, que recebeu o nome de Macrocollum itaquii, foi descrito a partir de três esqueletos fossilizados escavados em rochas triássicas, com 225 milhões de anos. Para Müller, fósseis de dinossauros como esse são muito raros. “O momento é importante para a história evolutiva dos dinossauros, porque antecede o período em que os dinossauros se tornaram dominantes em quase todo o planeta.
De acordo com os pesquisadores, o fóssil tem cerca de 3,5 metros de comprimento. “O que mais chama a atenção nesses animais é o pescoço bastante longo. Um ponto importante da nova descoberta é que Macrocollum itaquii é muito mais antigo do que qualquer outro dinossauro de pescoço longo já descrito. Isso faz com que o novo dinossauro brasileiro passe a ser o mais antigo pescoço longo já descoberto”, explica Rodrigo Temp Müller.