Com algumas diferenças entre os 12 municípios de abrangência, a safra da soja deste ano fechou dentre do que era esperado na área de atendimento do escritório regional do IBGE, com sede em Ijuí. Segundo a chefe do órgão, Elis Alegranzi, o rendimento médio ficou entre 55 e 63 sacas.
No caso de Ijuí, a produtividade foi de 60 sacas. Porém, Alegranzi alerta que há casos particulares entre propriedades, ou seja, locais que renderam até 85 ou 90 sacas e outros com 30 a 40 sacas por hectare. Isso depende se o local teve problemas, por exemplo, com excesso de chuva, imediações de rios ou baixadas, onde acumulou água, ou áreas com mais tecnologia.
Na safra 2023/2024, em Ijuí, foram plantados 38 mil hectares com soja. Cerca de 1% desse total ainda está nas lavouras, pois não ocorreu colheita antes das atuais chuvas. Possivelmente, nem haverá colheita, visto severos danos nos grãos.
Nos demais municípios da região, em Catuípe e Coronel Barros a safra de soja terminou com média de 57 sacas por hectare; Ajuricaba, 55; Augusto Pestana, Bozano e Nova Ramada, 60 sacas. Em Jóia, a produção não foi tão alta, mas o município possui uma das maiores áreas com oleaginosa no Rio Grande do Sul, total de 74 mil hectares. Diante disso, qualquer oscilação muda bastante a produtividade final. Por outro lado, o município de Santo Augusto se destacou em bom rendimento da soja, por ter lavouras mais tecnológicas.
Referente à safra de milho, 2023/2024, na área do IBGE regional de Ijuí, ocorreu quebra no tocante à previsão inicial. Isso porque, a cultura sofreu com excesso de chuva. Em Ijuí, a perspectiva era que o cereal irrigado rendesse média de 200 sacas por hectare, mas ficou em 150.
Já o milho sequeiro produziu 80 sacas, quando se esperava 140 sacas. Além de muita umidade e doenças por esse motivo, o milho teve ataque de cigarrinha, o que também resultou em queda de plantas. O milho silagem, por sua vez, registrou diminuição de 5 a 10 toneladas por hectare em Ijuí. Esses números do milho são semelhantes nos 12 municípios da regional do IBGE ijuiense.
Ontem, às 6 horas e 30 minutos, Elis Alegranzi ampliou esses assuntos no programa Progresso Rural da RPI. Ela ainda comentou sobre perspectiva da safra de inverno deste ano. A tendência é que o trigo tenha grande redução de área em todos os municípios.
No que se refere a Ijuí, a previsão é de 12 a 13 mil hectares, contra 21 mil de 2023. Falta de semente no mercado, visto a frustração da safra passada, por problemas climáticos, alto custo de produção, baixo preço pago ao produtor e receio em, relação ao clima são fatores que influenciam para menor cultivo de trigo.
Na mesma entrevista ontem pela manhã no Progresso Rural, Elis Alegranzi enfatizou que num contraponto com diminuição de trigo, a área de canola deve ter bom aumento. Ijuí deve passar dos 450 hectares de 2023 para em torno de mil e 500 hectares neste ano. Aveia também poderá apresentar aumento de área na região. Quanto ao rendimento, o trigo se espera média de 60 sacas por hectare e, canola, 35 sacas. Abaixo, confira a entrevista com Elis Alegranzi.