Enquanto o Rio Grande do Sul ainda enfrenta transtornos com as enchentes, outro problema começa a surgir com força: a leptospirose.
Subiu para 5 o número de mortos pela doença no Rio Grande do Sul, desde o começo de maio. Até ontem eram 125 casos da doença confirmados.
A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul informou que ainda investiga 922 casos possíveis da infecção e outras 9 mortes.
Ao total, 1.588 casos da doença foram notificados. Em Ijuí, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou três casos da doença, mas, segundo o chefe da Vigilância Sanitária de Ijuí, Ortiz Júnior, esses casos não tem relação direta com as enchentes no estado. Em entrevista nesta manhã (28), Ortiz mencionou que no ano passado o município registrou 26 suspeitos e três casos positivos, e que no mês passado foram confirmados os três primeiros casos do ano. “Assim como em 2023, os casos desse ano surgiram depois do excesso de chuva, o que acaba aumentando a umidade e contribuindo para que as pessoas limpem mais suas casas. Essas contaminações podem ter acontecido nessas situações, quando os pacientes tiveram contato com a urina do rato em ambientes úmidos” afirma Ortiz. Segundo ele, os três pacientes ijuienses já estão bem.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a doença pode levar até 30 dias para se desenvolver no organismo humano. Os sintomas começam a ser sentidos pelo paciente do 7º ao 14º dia depois da exposição. Quem teve contato com água potencialmente contaminada e apresentar: febre; dor de cabeça; dor no corpo (principalmente nas panturrilhas); vômitos; e pele amarelada (em casos mais graves). Nesses casos é preciso procurar o serviço de saúde. O tratamento pode ser feito em qualquer unidade básica de saúde dos municípios e deve ser iniciado, preferencialmente, até o 5º dia depois da apresentação dos primeiros sintomas.
Ouça abaixo a entrevista completa com o chefe da Vigilância Sanitária de Ijuí, Ortiz Júnior: