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“Devemos ficar em alerta, não em pânico”, afirma a diretora do Centro Estadual de Saúde do RS sobre a Mpox 

23 de agosto de 2024

O Governo do Rio Grande do Sul publicou alerta epidemiológico na segunda-feira (19) com orientações para profissionais de saúde e população em geral em relação à Mpox. O estado tem cinco casos confirmados da doença em 2024, sendo três em Porto Alegre, um em Gravataí e um em Passo Fundo. Segundo a Secretaria da Saúde, no ano passado foram nove notificações. No entanto, em entrevista à Rádio Progresso nesta manhã (23), a coordenadora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, Tani Ranieri, afirmou que o estado deve ficar em alerta, não em pânico, já que a variante que circula aqui não é a mesma que levou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional. Os cinco casos confirmados da doença no RS são da chamada Clado 2, cuja letalidade está abaixo de 1%.

A outra variante, que é a mais grave, altamente transmissível, é conhecida como Clado 1b. Trata-se de uma linhagem com letalidade que pode chegar a 10%. Até o momento, apenas sete países no mundo detectaram essa nova cepa: cinco do continente africano (República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda), um da Europa (Suécia) e um da Ásia (Tailândia). No entanto, segundo Tani Ranieri, os sintomas entre as duas variantes são praticamente os mesmos: erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrio e fraqueza.

Principais formas de transmissão:

Ainda de acordo com Ranieri, a principal forma de transmissão da Mpox ocorre quando o contato com a pessoa contaminada for muito intimo, como em relações sexuais, por exemplo. Além disso, contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias. Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infectantes, o que significa que o vírus pode ser transmitido por meio da saliva. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

A organização do estado do RS:

No entanto, segundo a coordenadora do Centro estadual de vigilância em saúde do estado, o Rio Grande do Sul possui desde 2022 uma vigilância estruturada e vem sensibilizando toda rede de atenção básica para detecção precoce da ocorrência de novos casos. Tani Ranieri ressaltou ainda que essa outras doenças circulam cujos sintomas são bastante parecidos, o que muitas vezes acaba confundido o paciente.

Ouça abaixo a entrevista  completa: 

Fonte: RPI