A presença da cigarrinha do milho em lavouras de Ijuí, região e Estado, preocupa agricultores, empresas e entidades agrícolas, até porque a praga causou grandes danos em várias áreas de milho nas recentes safras. Esse problema é uma das principais causas que poderá impedir avanço no cultivo do cereal na atual safra, que está com início de plantio.
O engenheiro agrônomo, Emílio Bernich, explica que o inseto pode causar prejuízos de até 90% no rendimento do milho. Nesse ano, pelo fato do inverno ser um pouco mais frio que a mesma estação de 2023 e em razão de maior ocorrência de geadas, a incidência da cigarrinha do milho está um pouco mais controlada.
Mesmo assim, o agrônomo orienta que é preciso fazer o controle da praga a partir do momento em que é registrado surgimento nas lavouras, ou seja, não dá para esperar, diferente do que ocorre com lagartas, em que existe possibilidade de monitorar, antes de aplicar defensivos agrícolas, dependendo da infestação.
Ontem, às 6 horas e 30 minutos, Emilio Bernich ampliou o assunto durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Ele ainda comentou sobre a possibilidade de utilizar, de forma conjunta, produtos químicos e orgânicos no combate à cigarrinha do milho. No entanto, quando o agricultor passar fungicida nas lavouras, não pode ser usado orgânico, pois o químico corta efeito do produto orgânico.
No Progresso Rural de ontem pela manhã, Emilio Bernich também acrescentou que o controle da cigarrinha precisa ocorrer desde o momento em que o milho começa emitir as primeiras folhas, logo após a germinação. Isso porque, a praga se prolifera de maneira muito rápida. No atual período, surgiram sementes de milho mais tolerantes à cigarrinha. Abaixo, confira a entrevista com Emílio Bernich: