O crescimento do cultivo de canola na região e no Rio Grande do Sul vai levar à construção de uma indústria exclusiva para esta área no município de São Luiz Gonzaga. O projeto vai ser implantado entre a Celena Alimentos, de Giruá, e a Camera Agroindustrial.
O gerente sênior da Celena Alimentos, Vantuir Scaranti, frisa que vai ser a primeira fábrica do Brasil a atuar somente com canola. Havia previsão de implantar a estrutura em Ijuí, porém, como a Camera já tem infraestrutura ampliada em São Luiz Gonzaga, a decisão é pelo projeto no município missioneiro. A indústria vai trabalhar com produção de óleo degomado de canola para alimentação humana e para biocombustível, aos mercados do Brasil e exterior.
Domingo, 29, às 6 horas e 30 minutos, Vantuir Scaranti ampliou o tema durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Também ressaltou que o farelo resultante da extração do óleo vai servir para alimentação de animais, como bovinos e equinos, além de aves.
No Progresso Rural de domingo pela manhã, o integrante da Celena Alimentos ainda destacou que a fábrica de canola em São Luiz Gonzaga deverá começar operação entre abril e maio do próximo ano. A capacidade inicial vai ser de processamento de 700 a 750 toneladas de canola por dia, com possibilidade de chegar a mil toneladas.
Vantuir Scaranti observa que com a indústria em São Luiz Gonzaga haverá agregação de valor à canola, o que poderá ajudar em melhoria de preço ao agricultor e facilidade na entrega do produto. Porém, ele alerta que o produtor precisa fazer o dever de casa, ou seja, bom cultivo da canola, com tratos culturais adequados, para bom rendimento e qualidade.
Na atual safra, são 179 mil hectares com canola no Rio Grande do Sul e a perspectiva é de produção de mais de 270 mil toneladas, com rendimento médio de 25 sacas por hectare. O município de Ijuí, por exemplo, na safra deste ano, contabiliza 2 mil e 500 hectares com canola. Em 2023 foram 800 hectares. Abaixo, confira a entrevista com Vantuir Scaranti.