O rendimento da canola em Ijuí e região, nesta safra, é bastante variado. Dados da Emater indicam que dentre os 44 municípios abrangidos pelo escritório regional da empresa, sediado em Ijuí, a produtividade média está em 31,6 sacas por hectare.
Em Ijuí, o rendimento médio é de aproximadamente 25 sacas. Porém, se avaliar por áreas ou determinadas regiões, há bastante diferença. No caso de Ijuí, a produtividade na atual colheita se apresenta entre 10 e 40 sacas por hectare.
O agrônomo da Emater, Edewin Bernich, explica que o clima prejudicou a cultura. Por exemplo, no mês de setembro houve pouca luminosidade, visto dias nublados por conta de bastante chuva ou devido à fumaça das queimadas nas regiões centro e norte do Brasil. A falta de luz ou sol não permitiu o bom desenvolvimento da canola, inclusive problemas na floração e formação de grãos.
Além disso, Bernich frisa que há produtores que não aplicaram tecnologia suficiente na cultura, até por ser uma produção nova para muitos agricultores que passaram a investir nesse ano na oleaginosa. Conforme o agrônomo, geralmente quem possui mais experiência registra melhor produção de canola. Segundo ele, a cultura exige bastante tecnologia.
O agricultor, Antônio Weiler, com propriedade na Linha Um Oeste, distrito de Barreiro, em Ijuí, é um dos que constata baixo rendimento da canola. Hoje pela manhã, ele disse para a RPI que em 45 hectares constata produtividade média de 5 sacas por hectare, por isso, solicitou Proagro.
Comentou que é o primeiro ano que planta canola e aplicou a tecnologia recomendada, por exemplo, 300 quilos de adubo e 120 quilos de ureia por hectare. Weiler enfatizou que a cultura iniciou com bom desenvolvimento, no entanto, houve abortamento de muitas flores.
Antônio Weiler ainda observou que um produtor vizinho contabiliza 17 sacas da oleaginosa por hectare. Cálculo indicam que para pagar o custo de um hectare de canola é necessário de 14 a 17 sacas da cultura. Nessa safra, a área com canola aumentou bastante em todo Rio Grande do Sul. Em Ijuí, passou de 800 hectares, em 2023, para cerca de 2 mil e 500 hectares em 2024.