As duas primeiras avaliações do período da atual safra de soja 2024/2025, em Ijuí, aponta existência de esporos de ferrugem asiática e em grande número. O município tem um dos pontos de coleta de esporos no Rio Grande do Sul, que está instalado na Linha 5 Oeste. Nesse ano, o monitoramento começou a funcionar no dia 14 do mês passado.
O agrônomo da Emater, Edewin Bernich, disse nesta manhã na RPI que a primeira semana de avaliação demonstrou 293 esporos da doença e, na segunda semana, 160 esporos na Colmeia do Trabalho. Bernich alerta que o fluxo de vento de outras regiões do Brasil, inclusive de países vizinhos, como Bolívia e Paraguai, transportam os esporos da ferrugem para Ijuí e região.
Além da alta infestação, o agrônomo destaca que existem condições ambientais para surgimento da ferrugem asiática, ou seja, temperatura entre 15 e 25 graus, ainda umidade, seja por parte das chuvas ou por conta do orvalho.
Para os esporos se transformarem em ferrugem, é necessário que as plantas fiquem com umidade nas folhas ou demais estruturas por seis horas. Diante disso, Edewin Bernich pede que os agricultores monitorem as áreas de soja, principalmente em beiras de matas e baixadas. Se houver constatação da doença, o produtor precisa aplicar produtos químicos. Por enquanto, não existe confirmação do problema na oleaginosa em Ijuí.
A ferrugem asiática pode causar grande prejuízo na soja. Cerca de 20% da oleaginosa já está plantada em Ijuí e em torno de 15 a 20% emergida. E dentre os 44 municípios do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, o cultivo da soja está em 21,60%. A emergência é uniforme.