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Suspeito de matar mais de 30 gatos na região: manifestantes pedem justiça

26 de novembro de 2024
Foto: Amanda Thiel/RPI.

Nesta terça-feira (26), manifestantes ligados à causa animal se reuniram em frente ao Fórum de Ijuí para pedir justiça em relação ao caso de um homem suspeito de matar dezenas de gatos na região Noroeste do Rio Grande do Sul. Os fatos aconteceram em 2021 e tiveram grande repercussão na época.

Na tarde de hoje, foi realizada uma audiência de instrução criminal sobre o caso, ou seja, foram ouvidas seis testemunhas do processo. Já o interrogatório do réu será na próxima audiência, marcada para o dia 25 de fevereiro de 2025. O objetivo dessa fase processual é que as partes envolvidas apresentem suas provas perante o juiz, para que este possa chegar a uma sentença.

Segundo a protetora de animais e vice-presidente da associação ijuiense Focinhos de Luz, Patrícia Regina, o suspeito adotava animais de grupos nas redes sociais e os torturava até a morte. “Mais de 30 gatos foram mortos na mão dessa pessoa. Em 2021, ele foi investigado e denunciado por seis pessoas que doaram animais para ele e que tiveram os animais mortos, mas a maioria dos corpos não foi localizada”, relatou Patrícia.

O réu é acusado do crime previsto no artigo 32, parágrafo 1A e parágrafo 2 da Lei 9.605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais, que prevê pena de dois a cinco anos para quem comete maus-tratos contra animais. Ele responde o processo em liberdade, pois não houve flagrante.

Relembre o caso

Em outubro de 2021, a Polícia Civil (PC) iniciou uma investigação sobre o caso após receber uma denúncia de ativistas. O grupo reuniu evidências de que, naquele ano, pelo menos 30 gatos haviam desaparecido na região, todos adotados pelo mesmo homem.

Um dos gatos, o Sargento, sobreviveu e se tornou um símbolo dessa luta contra os maus-tratos. Três dias após adotar o animal de uma ONG de Santo Ângelo, o suspeito o devolveu com as patas e dentes quebrados, alegando que o gato havia caído de uma escada. Esse incidente levantou as primeiras suspeitas e foi usado pelos ativistas para denunciar o homem.

Natural de Coronel Barros, o suspeito confessou à Polícia que agrediu o gato Sargento e também que havia estrangulado outro gato de Jóia. Em seu depoimento à PC na época, ele revelou que adotava os animais pelas redes sociais com o objetivo de executá-los, mas antes disso, os agredia, quebrando suas patas e dentes.

O inquérito da Polícia Civil foi entregue ao Ministério Público, que apresentou denúncia ao Judiciário.