Na área compreendida entre as regiões Noroeste, Celeiro, Central, Missões e Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, a estiagem já provocou perda de 30,5% da produção de soja. Segundo o presidente da Emater, Luciano Schwerz, isso representa redução de 13 milhões e 500 mil reais, ou seja, volume de dinheiro que deixa de circular entre os agricultores.
O mais recente levantamento sobre a perspectiva de safra de verão deste ano foi apresentado na semana que passou, durante a Expodireto, em Não Me Toque. O Rio Grande do Sul deverá colher 28 milhões e 50 mil toneladas de grãos, numa área cultivada de 8 milhões, 435 mil hectares.
A soja abrange 6 milhões, 729 mil hectares, ou seja, 0,3% maior que a safra 2023/2024. Já a produção deverá ser de aproximadamente 15 milhões de toneladas, 17% a menos que a safra passada. A tendência é de rendimento médio de 37 sacas por hectare.
Na área do escritório regional da Emater, com sede em Ijuí, abrangência de 44 municípios, a expectativa é de 43,7 sacas por hectare de soja. Ontem, durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI, às 6 horas e 30 minutos, o presidente da Emater destacou que mesmo que o milho tenha rendimento melhor que a soja, não consegue absorver a perda causada na oleaginosa, ou seja, não há equilíbrio para o produtor, pois a área com milho é muito menor que a soja no território gaúcho.
E no Progresso Rural ontem pela manhã, Luciano Schwerz enfatizou a importância dos agricultores plantarem mais milho, também visto a importância para rotação de cultura e diversificação nas propriedades.
O presidente da Emater ainda observou a importância de investir em irrigação, até porque existe subsídio do Estado, e cuidar melhor do solo, por exemplo, com terraceamento para plantio em nível e aplicação de adubação com recursos do Pronaf. No que se refere ao milho grão, o levantamento apresentado na Expodireto indica que na safra 2024/2025 o rendimento deverá fechar em 114 sacas por hectare, acréscimo de 21,6% num cotejo com o período 2023/2024.