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Campanha nacional de vacinação contra a gripe começa em todo o Brasil

6 de abril de 2025

O Ministério da Saúde inicia nesta segunda-feira (07), à campanha nacional de vacinação contra a gripe. A ação tem como objetivo reduzir as complicações, internações e óbitos causados pelos vírus influenza, que circulam com maior intensidade durante o outono e o inverno. A expectativa é de que milhões de brasileiros sejam imunizados até o fim de maio, quando a campanha deve se encerrar.

A vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) protege contra três cepas do vírus: H1N1, H3N2 e tipo B. A escolha das variantes segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), com base nas cepas que mais circularam no hemisfério sul no ano anterior.

De acordo com o Ministério da Saúde, nesta primeira fase, os grupos prioritários devem procurar os postos de saúde. A vacinação será realizada de forma escalonada, começando com as populações mais vulneráveis a quadros graves da doença.

Pessoas com 60 anos ou mais estão entre os principais grupos a serem vacinados. Por apresentarem maior risco de complicações, eles são foco constante das campanhas de imunização. A presença de comorbidades, como diabetes e doenças cardiovasculares, aumenta ainda mais a necessidade da vacinação nessa faixa etária.

Outro grupo essencial a ser protegido é o das crianças de 6 meses a menores de 6 anos. A gripe pode evoluir rapidamente entre os pequenos, levando a complicações respiratórias que exigem hospitalização. Por isso, a vacinação infantil é considerada estratégica para conter surtos nas famílias e nas creches.

Também integram o público-alvo da campanha as gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto). Estudos apontam que, durante a gravidez, o sistema imunológico sofre alterações que tornam a mulher mais vulnerável às infecções respiratórias. A vacina, além de proteger a mãe, ajuda a transmitir anticorpos ao bebê, oferecendo proteção indireta nos primeiros meses de vida.

Trabalhadores da saúde também devem ser vacinados o quanto antes. Estes profissionais estão na linha de frente do atendimento à população e, por isso, precisam estar protegidos tanto para evitar o adoecimento quanto para impedir a transmissão do vírus a pacientes e colegas.

A campanha inclui ainda professores da rede pública e privada, povos indígenas, pessoas com deficiência permanente, população privada de liberdade, adolescentes em medidas socioeducativas e funcionários do sistema prisional. Todos esses grupos apresentam vulnerabilidades específicas que justificam a priorização da vacina.

O governo federal distribuiu cerca de 80 milhões de doses da vacina para estados e municípios. Cada localidade é responsável por organizar a logística da campanha, podendo estabelecer calendários próprios conforme a disponibilidade das vacinas e a realidade local.

A vacinação é gratuita e ocorre nas unidades básicas de saúde (UBSs) de todo o país. A recomendação é que as pessoas levem documento com foto e, se possível, a caderneta de vacinação.

A campanha acontece paralelamente à vacinação contra a Covid-19 em algumas regiões, o que exige atenção das secretarias de saúde para evitar sobrecarga dos postos. Em caso de dúvidas, a população pode consultar os canais oficiais das prefeituras ou do Ministério da Saúde.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí/Foto: Phillipe Guimarães/MS
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