Com o avançar do período para pagamento de dívidas rurais, por exemplo, devido à financiamentos, e pela falta de resposta do governo federal quanto a pedidos de apoio a agricultores do Rio Grande do Sul, começam mobilizações mais intensas.
O grupo Securitização Já inicia movimento nesta terça-feira. Segundo uma das coordenadoras do grupo, Luciane Agazzi, o protesto vai terminar quando for oficializado o projeto de securitização, que tramita no Senado, ou se a União instituir alguma Medida Provisória melhor.
A securitização requisita prorrogação de débitos agrícolas por 20 anos. São dívidas devido à estiagem da safra de verão 2024/2025, ou por conta de problemas climáticos de anos anteriores.
A mobilização do Securitização Já inicia, nesta terça-feira, em Júlio de Castilhos, São Sepé, Pantano Grande, Tio Hugo, São Pedro do Sul, São Vicente do Sul, Cruz Alta, Cacequi e Guarani das Missões. Em Cruz Alta, a ação começa daqui a pouco, às 8 horas, no entroncamento da BRs 158 e 377. Em Júlio de Castilhos, a partir das 9 horas, a concentração vai transcorrer na BR 158, trevo de acesso ao município e, em Guarani das Missões, no trevo da cidade. Luciane Agazzi ressalta que esses protestos contarão com maquinários.
Jóia, por exemplo, foi um dos municípios mais atingidos pela recente estiagem. Segundo o prefeito, Dionei Lewandowski, se não houver securitização, muitos agricultores paralisarão atividades. Confira, abaixo, áudio do prefeito Lewandowski.
E hoje, em Jóia, às 14 horas, haverá reunião, na prefeitura, entre o grupo SOS Agro e o próprio Executivo para discutir mobilização, também em apoio a produtores com débitos. Segundo um dos coordenadores do SOS Agro, Oldemar Padilha, o encontro ainda vai contar com presença vereadores e entidades para definir mobilização regional, com foco na securitização.
Já a Fetag – Federação dos Trabalhadores na Agricultura – transferiu de hoje para o próximo dia 20 o começo da mobilização, em Porto Alegre, também com finalidade de apoiar aos produtores atingidos por estiagens ou enchente. Segundo a tesoureira da Fetag e integrante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Ijuí, Elisete Hintz, a decisão se deve a questões de Brasília. Confira, abaixo, áudio de Elisete Hintz.
Além disso, nessa semana a Câmara dos Deputados funciona em sistema de home office, o que significa que os parlamentares não estão em Brasília.