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Tarifaço do governo americano não deve afetar cotações de comodities da região

11 de agosto de 2025

O agronegócio gaúcho é um dos segmentos impactados pelo tarifaço do governo dos Estados Unidos para produtos importados do Brasil. Na última quarta-feira, as tarifas passaram a ser de 50% para parte das exportações brasileiras, em diferentes segmentos. A medida afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado estadunidense, o que representa 4% das exportações do BrasilCerca de 700 produtos do Brasil ficaram fora do tarifaçoCafé, frutas e carnes estão entre os produtos que passam a pagar sobretaxa de 50%. 

Ficaram de fora da taxação americana, suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes, aeronaves civis, peças e componentes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos. O corretor de cereais da Solo Corretora de Cereais, de Ijuí, Índio Brasil, ressalta que para os preços da soja, trigo e milho, base do setor primário da região, o tarifaço é praticante nulo ou até sem efeito se considerar que o Brasil quase não vende essas comodities para os americanos.

Eventualmente poderá ocorrer algum problema em relação ao trigo, pois o Brasil importa um pouco desse cereal dos norte americanos. Ontem, às 6 horas e 30 minutos, Índio Brasil ampliou o tema durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Na contramão do tarifaço, o corretor de cereais frisa que os agricultores poderão até ser beneficiados, nesse caso, pela guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Nesse ano, a tendência é que o Brasil exporte acima de 85% da oleaginosa para os chineses. No entanto, Índio Brasil acredita que em algum momento Estados Unidos e China deverão retomar relações, especialmente pela troca de tecnologias entre os dois países. Por outro lado, o corretor de cereais alerta que se a taxa de câmbio for afetada, aí sim há possibilidade da soja, milho e trigo ter redução de preço. No Progresso Rural de ontem pela manhã, o corretor de cereais ainda destacou a importância do Brasil buscar outros mercados para as comodities e não ficar tão dependente da China.

=== Quanto à nova safra de milho no Rio Grande do Sul, período 2025/2026, que vai começar a ser plantada nos próximos dias, Índio Brasil frisa que o Estado deverá registrar até aumento de área em relação ao período passado. Já nos Estados Unidos, agosto é o mês chave para os americanos decidirem pelo cultivo do cereal. Se o clima ajudar, o país poderá ter safra histórica de milho, o que influencia para baixo a cotação do milho brasileiro. A própria safrinha do centro oeste do Brasil foi boa e já repercute para que o preço fique um pouco aquém do esperado aos agricultores também da região de Ijuí. O Progresso Rural de ontem pela manhã também abordou a lei que estabelece novas regras para o Licenciamento Ambiental, que teve 63 trechos vetados pelo governo federal. Hoje, a partir das 22 horas, o Progresso Rural vai ser reprisado no programa Companhia da Noite. Abaixo, confira a entrevista com Índio Brasil.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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