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MANCHETES

Inicia colheita da canola no RS

25 de setembro de 2025

As lavouras de canola no Rio Grande do Sul apresentam condições apropriadas, beneficiadas por boa disponibilidade de radiação solar e temperaturas amenas, que também favoreceram o florescimento e o enchimento de síliquas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (25/09), o estado nutricional das lavouras está adequado, com predomínio de áreas em fase reprodutiva avançada, com 87% das lavouras de canola em floração/enchimento de síliquas, 10% em maturação e 3% estão colhidas.

Em relação ao aspecto fitossanitário, a cultura da canola apresenta baixa incidência de pragas e doenças, embora se mantenha o manejo preventivo com fungicidas e inseticidas nas áreas em florescimento e formação de síliquas. As perspectivas produtivas permanecem positivas, especialmente em lavouras conduzidas com maior rigor tecnológico. A Emater/RS-Ascar projeta área de 203.206 hectares e produtividade de 1.737 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, 20% da área encontra-se em florescimento, 70% em enchimento de grãos, 8% em maturação, e 2% colhidos. O estado fitossanitário está satisfatório, pois há baixa incidência de pragas e doenças. A produtividade projetada está em 1.600 kg/ha. Na região de Ijuí, 75% das lavouras de canola estão em granação, 3% em maturação e 2% colhidas, registrando rendimento entre 1.800 e 2.100 kg/ha. Já na de Santa Rosa, 12% dos cultivos estão em floração, 65% em enchimento de grãos, 20% em maturação e 3% colhidos.

Trigo – As lavouras de trigo no Estado apresentam desenvolvimento satisfatório, apesar de estarem sujeitas à variabilidade climática de cada região. As chuvas volumosas no último final de semana (20 e 21/09) trouxeram apreensão quanto à sanidade das plantas e aos riscos de acamamento, sobretudo nas áreas em floração e enchimento de grãos. Foi intensificado o manejo fitossanitário, com aplicações de fungicidas para proteção contra doenças, devido ao período de molhamento prolongado.

Predominam lavouras de trigo em fases reprodutivas (35% em floração, 35% em enchimento de grãos), com 25% em desenvolvimento vegetativo e 5% em maturação, refletindo a heterogeneidade no cultivo. As áreas mais precoces aproximam-se do final do ciclo. De forma geral, o estado nutricional das lavouras está adequado, e as perspectivas produtivas seguem positivas, principalmente nas áreas conduzidas com maior nível tecnológico. A área cultivada no Estado está projetada pela Emater/RS-Ascar em 1.198.276 hectares, e a estimativa de produtividade em 2.997 kg/ha.

Aveia-branca – A alternância de dias ensolarados e precipitações regulares manteve adequada a umidade do solo, favorecendo o crescimento vegetativo e reprodutivo das lavouras. Contudo, episódios de excesso hídrico e variações de temperatura aumentaram a pressão de doenças fúngicas e, pontualmente, a ocorrência de pragas. Conforme o quadro fenológico da cultura, 10% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 25% em floração, 42% em enchimento de grãos, 17% em maturação e 6% colhidas. As perspectivas produtivas permanecem positivas. Porém, a presença de plantas daninhas, como azevém e nabo, e a pressão de doenças podem afetar o rendimento final. A Emater/RS-Ascar projeta área de 401.273 hectares, e produtividade de 2.254 kg/ha.

Cevada – As lavouras de cevada apresentam desenvolvimento adequado, favorecidas pelas condições climáticas dos últimos períodos, garantindo boa disponibilidade hídrica, sem prejuízos ao manejo fitossanitário. Em relação ao quadro fenológico da cultura no Estado, 37% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo, 36% em florescimento e 27% em enchimento de grãos. As perspectivas de rendimento permanecem positivas, especialmente nas lavouras conduzidas com maior nível tecnológico, destinadas à produção de malte.

Culturas de verão

Milho – No período, a semeadura avançou em todas as regiões do Estado, alcançando 62% da área prevista. As chuvas registradas entre os dias 20 e 21/09 favoreceram o crescimento das lavouras recém-implantadas. No entanto, o excesso de chuva trouxe a necessidade de replantio em áreas semeadas recentemente, principalmente em solos rasos e mal drenados, aumentando os custos de produção. Na Safra 2025/2026, a área de milho alcançará 785.030 hectares, segundo dados preliminares da Emater/RS-Ascar. A produtividade projetada é de 7.376 kg/ha.

Feijão 1ª safra – A semeadura avançou de forma heterogênea nas regiões. As condições de frio, presentes em parte do Estado, como nos Campos de Cima da Serra, responsável por aproximadamente 40% da área em primeiro ciclo, retardam o início do plantio. Já em regiões mais quentes e de baixas altitudes, a semeadura está bastante avançada. As lavouras estão em estabelecimento vegetativo, e a perspectiva de rendimento é variável, conforme o manejo e a tecnologia empregada. A área projetada de feijão 1ª safra pela Emater/RS-Ascar é de 26.096 hectares. A produtividade média está estimada em 1.779 kg/ha.

Pastagens e criações

Os campos nativos e as pastagens perenes seguem rebrotando, e houve recuperação mais evidente nas áreas corrigidas e adubadas. As forrageiras de inverno estão em fase final de seu ciclo, e foi realizada a semeadura das de verão e de milho para silagem. As condições climáticas, de maneira geral, foram benéficas para o crescimento das pastagens e para o manejo do pastejo.

Bovinocultura de corte – A estação de parição está em fase final. As matrizes se recuperam bem e ganham peso satisfatório nos lotes em engorda, devido ao manejo alimentar adequado. As condições climáticas beneficiaram o bem-estar animal. A saúde do rebanho está controlada, e deu-se início ao controle de carrapatos. Os produtores organizam os processos de inseminação.

Bovinocultura de leite – A produção de leite reagiu bem à oferta forrageira, e os animais estão em boas condições corporais e sanitárias, beneficiadas pelo clima favorável. Os produtores têm garantido alimentação e conforto aos rebanhos para manter a produção regular. Em função da chegada da primavera, intensificaram-se as orientações técnicas para o controle da primeira geração de carrapatos. Esse período é estratégico para ações de manejo sanitário.

Ovinocultura – O período se caracterizou pelo final da parição, e os cordeiros apresentam desenvolvimento satisfatório. O manejo alimentar foi favorecido pelo rebrote das pastagens, complementado por suplementação e sistemas de creep-feeding para otimizar o ganho de peso. As condições climáticas permitiram que os ovinocultores se dedicassem ao manejo de matrizes e cordeiros durante o período de parto. Os produtores se organizam para os processos de desmame, esquila e seleção de animais para a próxima safra.

Apicultura – Na maior parte das regiões, as condições climáticas favoreceram a atividade das abelhas, estimulando sua saída das colmeias em busca de alimento. A prioridade dos apicultores ainda é a alimentação suplementar para garantir enxames fortes. As colmeias apresentam boa movimentação, impulsionada pelas floradas, o que indica perspectivas positivas para a safra.

Piscicultura – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Ijuí, houve aumento da oferta de alimentos para o policultivo de carpas, devido à elevação gradativa da temperatura da água. Os produtores finalizaram o reparo dos tanques para a introdução de alevinos. Na de Santa Rosa, a recuperação e o repovoamento seguiram intensos para a próxima grande despesca. Os preços do pescado se mantiveram estáveis: filé de tilápia corte “V” a R$ 48,00/kg e corte tradicional, a R$ 42,00/kg.

Pesca artesanal – Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Pelotas, os pescadores artesanais da Lagoa dos Patos permanecem no período de defeso, que se estenderá até a próxima terça-feira (30/09). Na região de Santa Rosa, em função da elevação do nível do Rio Uruguai, os pescadores retiraram grande parte do material de pesca para evitar perdas.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação/RS
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