Falando na Rádio Progresso, a vereadora Alexandra Lentz, PP, explicou o anteprojeto apresentado na Sessão do Legislativo, que institui Programa Municipal de enfrentamento a Sífilis e infecções sexualmente transmissíveis. A proposta também visa criar comitê municipal e o dia municipal de combate a sífilis adquirida e congênita.
Citou que como enfermeira do município de Ijuí, tem percebido o aumento em todas as unidades de saúde, com casos de sífilis e outras doenças sexualmente transmissíveis. Disse que a sífilis adquirida é a que a pessoa se contamina e a congênita, em situações em que a mãe, se não fizer o tratamento adequado durante o pré-natal, pode passar para o bebê.
Além destes casos, também existem muitos registros de DSTs, que são constatados quase que diariamente com registros destas doenças sexualmente transmissíveis em pacientes. Com isto, entendeu que há esta necessidade de sugerir ao executivo que crie alternativas para prevenir sobre estas patologias.
A vereadora lembrou que a sífilis foi a primeira vez identificada e conhecida na Europa no final do século XV, no ano de 1490. Esta é uma das doenças sexualmente transmissíveis mais antigas do mundo e ainda não foi extinta.
Desta forma, Alexandra citou que muitos pacientes apresentam os sintomas da doença, como manchas nas mãos ou no corpo. Nestas situações, logo são encaminhados para testes rápidos. Se for confirmado como positivo é solicitado exame de sangue para possível tratamento da doença. A sífilis no Brasil, de 2012 até agora, aumentou em mais de 300%.
Ela explica que sua proposta é de criar estratégias para promover campanhas educativas contínuas sobre a prevenção da sífilis e demais doenças sexualmente transmissíveis, incentivar a realização de testagens rápidas e o acompanhamento dos casos positivos. Também pede a ampliação da oferta de preservativos e outros métodos preventivos nas unidades de saúde e escolas.
A proposta visa ainda capacitar profissionais da rede municipal de saúde para o atendimento e orientação adequada dos pacientes, estimular parcerias com escolas, universidades e entidades sociais para desenvolver ações conjuntas de prevenção, reduzir os índices de transmissão congênita da sífilis e demais infecções.
A criação do Conselho Municipal de Enfrentamento às ISTs, de caráter consultivo e propositivo, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, com a finalidade de propor e acompanhar políticas públicas de enfrentamento à sífilis e às ISTs, fiscalizar a execução das ações previstas no Programa Municipal, sugerir campanhas educativas, eventos e parcerias institucionais.