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DRACO de Cruz Alta prende liderança de organização criminosa ligada ao tráfico de drogas na região

13 de novembro de 2025

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) de Cruz Alta, com apoio da DECRAB/Cruz Alta, da Delegacia de Polícia de Cruz Alta e das Delegacias de Polícia de Ibirubá e Selbach, deflagrou a 2ª fase da Operação Pecunia Vetus. A ação resultou na prisão do líder de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas e à lavagem de capitais na cidade de Cruz Alta e região. 

A esposa do investigado também foi alvo de medida cautelar, sendo submetida ao monitoramento por tornozeleira eletrônica. O indivíduo já possui indiciamentos anteriores por tráfico de drogas, latrocínio e comércio ilegal de armas de fogo. Conforme apurado, apenas em dois meses de 2025 foram movimentados mais de um milhão de reais, utilizando empresas de fachada e contas bancárias em nome de terceiros com o objetivo de dissimular a origem ilícita dos valores.

Durante o cumprimento de mandados na data de hoje, em um dos endereços investigados — residência de um suposto “laranja” — foi localizado um revólver calibre .38, resultando na prisão em flagrante de um homem pelo crime de posse irregular de arma de fogo.

Na primeira fase da operação, já haviam sido apreendidos veículos utilizados pelo grupo criminoso, além de diversos aparelhos celulares contendo comprovantes de transferências bancárias, imagens de drogas e dinheiro em espécie. Também foram coletados extratos bancários com saldos expressivos, e diversas contas ligadas ao núcleo financeiro da organização haviam sido bloqueadas por ordem judicial.

Segundo a Polícia Civil, a investigação demonstrou que os envolvidos atuavam de forma estruturada para lavar valores oriundos do tráfico de drogas em Cruz Alta e municípios vizinhos. Um dos pontos que chamou a atenção foi o padrão de vida ostentado pelo líder, que, apesar de não possuir renda compatível, utilizava veículos de luxo e patrocinava um clube de futebol amador da cidade, como estratégia para conferir aparência de legitimidade às atividades ilícitas.

Os policiais também identificaram transações financeiras associadas a empresas inexistentes no estado de São Paulo, além de movimentações relacionadas a pessoas com antecedentes por tráfico de drogas, homicídio e outros crimes violentos. Parte significativa do patrimônio do casal, incluindo caminhonetes de alto valor, estava registrada em nome de terceiros (“laranjas”), prática comumente empregada para ocultar bens adquiridos com recursos ilícitos. O preso é o líder do tráfico de Cruz Alta e reside no bairro Santo Antão, patrocinador de um time de futebol de Cruz Alta.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí e PC
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