Um morador de Santo Ângelo viveu nos últimos dias um golpe que poderia atingir qualquer pessoa. E a forma como tudo aconteceu deixa um alerta urgente.
Ele recebeu mensagens, via aplicativo, de um número com código internacional. Do outro lado da tela, alguém que se dizia advogado apresentava uma história convincente: valores a receber de um suposto processo judicial. Parecia real. Parecia seguro.
A cada contato, os golpistas demonstravam mais domínio da situação. Por chamadas de vídeo, passo a passo, orientavam a vítima a realizar transferências para “evitar impostos” que supostamente incidiriam sobre o dinheiro que chegaria. O discurso era calculado, confiante, estudado para não deixar dúvidas.
Confiando nas orientações, o morador fez três transferências via Pix e TED pelo Banrisul e outras quatro pela Caixa Federal. Em poucos minutos, R$ 133 mil haviam sido enviados para contas de terceiros — dinheiro construído com esforço, que desapareceu diante de uma narrativa cuidadosamente arquitetada.
Só depois de perceber que não havia retorno, que as promessas não se cumpriam, veio o choque: tratava-se de um golpe. Ele procurou a polícia e registrou ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento de Santo Ângelo. A Caixa Econômica Federal conseguiu recuperar R$ 60 mil, mas o prejuízo ainda é grande.
O caso reforça o quanto golpes eletrônicos estão cada vez mais sofisticados — e como qualquer pessoa, em um momento de confiança, pode ser enganada. É essencial desconfiar de contatos de números internacionais, verificar informações diretamente com órgãos oficiais e jamais realizar transferências orientadas por desconhecidos, mesmo que aparentem autoridade.
Fica o alerta: antes de acreditar, confirme. Antes de transferir, consulte. A prevenção, hoje, é a maior defesa contra golpes que continuam a fazer novas vítimas todos os dias.