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Representantes da Farsul e do Sindicato Rural de Ijuí apontam insuficiência de recursos para produtores gaúchos

17 de novembro de 2025

Na manhã desta segunda-feira, 17, Alexandre Busanello, Presidente do Sindicato Rural de Ijuí e Moacir Medeiros, Coordenador Regional da Farsul estiveram na Rádio Progresso de Ijuí para esclarecer as ações realizadas em defesa ao agronegócio. 

Medeiros contextualizou que a Farsul é uma entidade que tem 98 anos e que sempre defendeu o agronegócio. Segundo ele, a securitização surge devido a um plano econômico no Brasil numa época em que se produzia menos, fazendo com que o país avançasse na produção de grãos.

Para o Coordenador da Farsul, a parceria com outras instituições fez com que fosse possível a busca de alternativas para as frustrações das últimas safras no Rio Grande do Sul. As entidades buscavam soluções antes mesmo da tragédia climática do estado. 

Foi reivindicado em uma reunião virtual com o Ministro Fávaro recursos para o estado, principalmente para os atingidos pelas enchentes, conforme explica Medeiros. Depois disso foram feitas reuniões em Brasília, mas as instituições não foram atendidas. Outras promessas de anúncios também foram frustradas. 

A equipe econômica dos movimentos solicitou para o Governo Federal os recursos dos fundos sociais do pré-sal, porém, foram anunciados R$ 12 bilhões para todo Brasil, sendo que só o Rio Grande do Sul tem déficit de R$ 27 bilhões. Segundo Medeiros, no Brasil se estima uma supersafra e as medidas criadas, como o Plano Safra, hoje não atendem os agricultores do estado. 

Busanello salienta que o anúncio de que a securitização não é possível é devido a falta de recursos do Governo Federal. Destes R$ 12 bilhões anunciados para todo Brasil, uma porcentagem chega para o Rio Grande do Sul, sendo insuficiente para atender as demandas. Ele citou que as instituições bancárias estão oferecendo uma prorrogação de parcelas que não é viável para o produtor. A Farsul trabalhou na solicitação de 15 anos de prorrogação, mas não teve retorno. 

Conforme o Presidente do Sindicato Rural de Ijuí, os benefícios anunciados extraoficialmente pela CONAB para compra de trigo não seriam o suficiente para atender aos produtores. Medeiros confirma: “hoje o valor do trigo não é atraente e a estimativa é de que os anúncios não atendam a demanda”. Segundo ele, a Farsul seguirá aguardando respostas do Governo Federal, mas a expectativa é baixa para os próximos meses devido aos recessos e eventos do próximo ano, como eleições e Copa do Mundo.

Busanello diz que a melhor resposta seria “não comprar de outros países, manter o produto interno e se o valor subir muito subsidiar”. “Hoje o médio produtor pagar 14% de juros em um investimento é inviável e por isso poucos estão buscando dinheiro nos bancos”, confirma o presidente sindical. Além disso, segundo ele, o endividamento faz com que muitos agricultores tenham restrições financeiras. 

Para Medeiros: “todos os agricultores são atingidos proporcionalmente, do pequeno ao grande”. Ele finaliza dizendo que a “iniciativa é sempre o diálogo”, mas que devido ao anseio do produtor as entidades foram para as ruas de forma ordeira e tranquila para que o movimento chegasse aos olhos e ouvidos dos governantes. 

Para Busanello: “o movimento é bem vindo quando não atrapalha as outras atividades”. Segundo ele, graças a isso foram liberados os recursos financeiros a nível nacional, porém, este valor é insuficiente para a demanda do Rio Grande do Sul. “Os financiamentos não estão sendo atrativos para os produtores e com os juros a solução será buscar os senadores para que a pauta seja reivindicada junto ao Governo Federal”, concluí o presidente sindical.

Entrevista completa no Facebook da RPI através do > LINK <

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí
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