Foto: Ricardo Stuckert / PR Modelos climáticos apontam que o El Niño pode voltar em 2026, elevando a chance de chuvas acima do normal no Sul do Brasil. O aquecimento anômalo das águas do Pacífico Equatorial — marca registrada do fenômeno — costuma reorganizar a circulação atmosférica e alterar o regime de chuvas em várias partes do mundo.
O episódio de 2023–2024 deixou marcas profundas no Rio Grande do Sul, com enchentes históricas, enquanto grande parte do Centro do país enfrentou calor extremo e recordes de temperatura. Cada ocorrência do fenômeno, porém, se comporta de maneira distinta, e sua presença apenas aumenta o risco de eventos severos, sem garantir repetições exatas do passado.
Atualmente, o Pacífico está sob influência fraca do La Niña, condição que deve persistir até o início de 2026, antes de retornar à neutralidade. Caso o oceano volte a aquecer, o Sul pode enfrentar um padrão mais frequente de sistemas meteorológicos que favorecem chuva persistente, solo saturado e maior probabilidade de inundações.
Embora enchentes possam ocorrer mesmo sem El Niño, o aquecimento global tem intensificado extremos, tornando qualquer novo episódio do fenômeno um fator adicional de preocupação.