Variedades de soja resistentes à ferrugem asiática são alternativas contra doença segundo Embrapa Trigo

O Consórcio Antiferrugem registra, no momento, 237 focos de ferrugem asiática em lavouras de soja de todo o Brasil. Ao conceder entrevista hoje pela manhã na Progresso, a pesquisadora da Embrapa Trigo de Passo Fundo, Leila Costa Milan, disse que o Rio Grande do Sul lidera o número de ocorrência, num total de 71. O Paraná é o segundo Estado com mais focos de ferrugem, ou seja, 57 ocorrências.

O município de Ijuí, oficialmente, não tem nenhum foco. Porém há ocorrências em lavouras de soja de toda a região, por exemplo, Boa Vista do Cadeado, Capão do Cipó, Santa Bárbara do Sul, Cruz Alta, Coronel Barros, Jóia, Santo Ângelo, Júlio de Castilhos e Santiago.

Leila Costa Milan ressaltou que muitos focos foram contabilizados mês passado, por isso, já controlados, mas como não há barreiras físicas entre lavouras, a doença pode se expandir. A pesquisadora da Embrapa Trigo ainda observou que a ferrugem asiática vai ser verificada nas próximas safras de soja, pois permanece na natureza.

Antes do fechamento das linhas da soja é preciso iniciar aplicação de fungicida como medida de prevenção a fim de evitar a doença e, após, repetir de 15 em 15 dias, também antes de períodos chuvosos. A entrevistada ainda enfatizou que na atualidade existem variedades de soja resistentes à ferrugem asiática, que reduz a chance de infestação.

No geral, a pesquisadora orientou que agricultores façam plantio da soja no período do cedo, com cultivares de ciclo precoce, para diminuir a possibilidade da doença. Estudos mais recentes indicam que a ferrugem asiática pode ocasionar perda média de 30% na produtividade da soja.