O Sesc Ijuí realizou, na noite de sexta-feira (5), a cerimônia do Oscar do Voluntariado 2025, evento que celebrou histórias de empatia e transformação social. Entre os homenageados da categoria Individual, um dos destaques foi Sirlene de Aguiar, reconhecida por uma vida inteira dedicada ao serviço ao próximo e ao fortalecimento da comunidade.
O Oscar do Voluntariado integra o Programa de Voluntariado do Sesc/RS e faz parte da Semana do Voluntariado, período em que são promovidos encontros, rodas de conversa e ações de incentivo à solidariedade. A iniciativa visa valorizar pessoas e grupos que, ao longo do ano, impactaram positivamente a vida de outras pessoas por meio de iniciativas sociais.
A história de Sirlene com o voluntariado começou cedo, aos 14 anos, quando iniciou suas atividades no Hospital de Clínicas e foi inspirada pela atuação da Irmã Bernarda, referência que a levou ao caminho do Serviço Social. Desde então, sua trajetória se construiu sobre o cuidado humanizado, o acolhimento e o compromisso com os mais vulneráveis — valores herdados dos avós, moradores da comunidade de Esquina 21, em Jóia, conhecidos por organizarem ações solidárias e refeições comunitárias.
Profissionalmente, Sirlene atuou em instituições como as APAEs de Ijuí e Jóia, o Instituto SOS Vida — onde participou da criação do Residencial Inclusivo para Pessoas com Deficiência — e o Sítio de Acolhimento, atendendo pessoas em situação de rua e dependência química. Também trabalhou na Câmara de Vereadores de Ijuí como assessora do vereador Chico Ortiz e hoje integra a equipe da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, mantendo o compromisso com a promoção da dignidade humana.
Sua atuação voluntária é extensa e diversa. Há mais de cinco anos, oferece atendimentos gratuitos a famílias que buscam apoio na Primeira Igreja Batista de Ijuí (PIB), onde também integra o grupo de ação social ‘Abraçadas em Cristo’ do projeto Abraçando, beneficiando vários bairros com alimentos e revestimentos com caixas de leite nas casas de famílias em vulnerabilidade.
Soma ainda 25 anos de trabalho no Centro Cultural Sueco e no Movimento Étnico e participa ativamente do CTG Clube Farroupilha, onde atua como Secretária da Diretoria e Primeira Sota-Capataz. Em 2024, durante a enchente que afetou diversos municípios gaúchos, liderou junto à patronagem do CTG uma grande campanha de solidariedade que transformou a entidade em um centro de coleta e distribuição de doações por quase um mês.
Além das ações institucionais, Sirlene mantém um trabalho contínuo e silencioso: diariamente responde pedidos de ajuda que chegam ao seu telefone pessoal, oferecendo orientação, escuta e apoio emocional. Para ela, o voluntariado é expressão de fé e propósito. “Ajudar o próximo é viver o amor de Deus”, afirma.
Ao ser reconhecida no Oscar do Voluntariado, Sirlene reforça, com sua história, o que o evento busca celebrar: o poder transformador de cada gesto solidário. A noite foi marcada por aplausos e emoção, numa celebração que destacou não apenas os homenageados, mas todos aqueles que acreditam que a empatia é o primeiro passo para transformar realidades.