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Fiergs projeta perda de quase R$ 5 bilhões no Estado em 2026 em razão da tarifaço dos EUA

10 de dezembro de 2025

Os governos do Brasil e Estados Unidos entraram em acordo e reduziram os efeitos do tarifaço de 50% aplicado por Donald Trump ao mercado brasileiro. Mas o resultado ainda não foi suficiente para a economia gaúcha, especialmente em setores como tabaco, madeira, couro e calçado, entre outros. Em coletiva de fim de ano, a Fiergs (Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul) revelou que entre agosto e novembro a economia gaúcha perdeu 252 milhões de dólares (R$ 1,38 bilhão) em exportações. E a estimativa para 2026 é pior. Se nada for revertido, quase metade dos embarques gaúchos serão afetados. A projeção, sem taxação, seria de 2 bilhões de dólares, por isso com o tarifaço a perda econômica no Rio Grande do Sul vai chegar a 900 milhões de dólares, ou R$ 4,9 bilhões.

Outro problema destacado pela Fiergs na apresentação foi a falta de mão de obra qualificada e os altos custos. Para enfrentar isso, a entidade tem apostado em capacitação, como o programa Carretas do Saber, lançado há alguns dias, a construção de escolas técnicas e também o programa soldado cidadão, que capacita o militar no contra-turno do quartel. Em todo o sistema Fiergs, a evasão dos estudantes foi zero, fato celebrado pela entidade.

Agro deve puxar o PIB do RS
Em relação às projeções econômicas, o economista-chefe da Fiergs, Giovanni Baggio, estima que o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil vai crescer 2,1% neste ano e 1,9% em 2026, sem tendência de surpresas como em anos anteriores. A taxa Selic deve começar a cair em março e fechar 2026 em 13,25%, cortando pouco a pouco ao longo do ano. No Rio Grande do Sul, a economia deve crescer 1,6%, metade do projetado em função de mais uma estiagem e a perda da indústria. Para 2026, o cálculo da Fiergs é otimista no cenário gaúcho. Com estimativas de crescimento da agropecuária, o PIB do Estado deve subir 2,9%, acima do país. Pelas estimativas, o agro deve crescer 17,6%, serviços alta de 1,7% é um crescimento moderado de 0,8% na indústria.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí