Primeira usina de etanol de trigo do país, em Santiago, poderá movimentar culturas de inverno da região

10 de dezembro de 2025

Na primeira quinzena do próximo mês deve começar a produção, em escala comercial, da primeira usina de etanol de trigo do Brasil. Trata-se da C.B Bioenergia, no município de Santiago. A estrutura está localizada numa área, entroncamento da BR 287 com ERS 168, ligação com São Luiz Gonzaga e Bossoroca.

Segundo um dos diretores da empresa, Tiago Görski Lacerda, que foi prefeito de Santiago de 2017 a 2024, a Bioenergia tem capacidade para processar 100 toneladas de trigo por dia, com produção de 43 mil litros de álcool diariamente. A usina também vai produzir subprodutos, conforme explica Tiago Görski Lacerda. (Abaixo, áudio de Tiago)

No último domingo, as 6 horas e 30 minutos, Tiago Görski Lacerda falou mais sobre a primeira usina de etanol de trigo do Brasil durante entrevista no programa Progresso Rural da RPI. Conforme o diretor da C.B Bioenergia, todos os resíduos serão reutilizados para subprodutos, o que demonstra a preocupação com a sustentabilidade. Mesmo que o foco da usina, em Santiago, seja de produção de etanol a partir do trigo, a estrutura também pode utilizar triticale, cevada, trigo, centeio, arroz, sorgo e milho, ou seja, existe capacidade para processar qualquer tipo de cereal que tenha amido.

A usina já tem trigo para funcionamento da usina nos três primeiros meses de atuação. Após, haverá compra. E nesse caso, o trigo de Ijuí e região pode ser comercializado com a Bioenergia. Porém, Tiago Görski Lacerda esclarece que vai ser utilizado o trigo que não serve para alimento, ou seja, com baixo PH. (Abaixo, áudio de Tiago)

Os clientes da Bioenergia de Santiago serão, por exemplo, distribuidoras ou postos de combustíveis, ainda aviões, fábricas de refrigerante e água mineral, empresas de farelo ou ração, dentre outros. Recentemente, a empresa recebeu, do governo estadual, a licença de operação, que autoriza o início das atividades. Para o próximo dia 17 está programado o recebimento da última licença, ou seja, da Agência Nacional do Petróleo.