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Câmara Técnica da Apicultura do RS confirma mortandade de abelhas por defensivo agrícola

5 de fevereiro de 2019
Local onde houve morte de abelhas em Ijuí

Mais de 80% dos laudos já divulgados pela secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul apontam que a mortandade de abelhas que aconteceu recentemente em vários locais do Estado foi causada pelo inseticida Finopril, utilizado em lavouras de soja.

Durante entrevista hoje pela manhã na Progresso, o coordenador da Câmara Técnica da Apicultura na secretaria estadual da Agricultura, Aldo Machado, disse que da primavera de 2018 até agora já são em torno de cinco mil colmeias dizimadas no território gaúcho. Somente em Cruz Alta, por exemplo, houve a morte de mais de duas mil colmeias.

Aldo Machado comentou que esse problema tem se agravado nos últimos anos. Em 2018 foi verificada extinção de pouco mais de duas mil colmeias. Na mesma entrevista ele observou que é proibido utilizar o Finopril durante a floração da soja, visto que as abelhas utilizam a flor da oleaginosa para produção de mel.

Aldo Machado comentou que cada abelha infectada com veneno, pode matar até cerca de 700 insetos da mesma natureza. Ele alerta que de posse de registro policial e laudo, o apicultor pode buscar judicialmente o ressarcimento dos prejuízos.

Em Ijuí, recentemente, o apicultor Rogério Manchini, residente em Rincão dos Brizzi, contabilizou morte de milhares de abelhas. Hoje pela manhã, o agricultor Élton Tomm, da Linha 18 Norte, interior de Ajuricaba, disse que perdeu 26 colmeias.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí