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Homem acusado de simular assalto e planejar morte de esposa é julgado em São Borja

2 de julho de 2019

O homem acusado de simular um assalto e matar a esposa, em 2015, é julgado nesta terça-feira (2) em São Borja. Conforme a acusação, Husen Kasem Khaled foi o mandante da morte da mulher Sônia Khaled, 44 anos. O crime teria motivação financeira.

Estão segundo julgados também os réus Valdemir Trindade Rodrigues, Bruno Silveira Aires e Maurício Mariano. Os outros acusados Tiago Vargas Motta, Jean Aldemar de Ávila Weber e José Carlos Neves Moreira serão julgados em uma outra sessão, que ainda não tem data prevista para acontecer.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Husen ofereceu dinheiro aos réus para que matassem a mulher. O crime ocorreu no dia 6 de novembro de 2015. O marido buscou Tiago e Bruno de carro e os levou para a casa da vítima.

No local, Husen abriu o portão para a dupla, que rendeu e amarrou Sônia. O marido também foi amarrado, para simular um assalto. A mulher foi colocada no banco de trás do carro de Husen e levada até a Rua Coronel Tristão de Araújo Nóbrega, onde foi executada.

Os réus responderão por homicídio qualificado – motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a vítima, e contra a mulher por razões da condição do sexo feminino.

Em seu depoimento, Tiago, que aceitou delação premiada, declarou que Husen ofereceu R$ 50 mil a Bruno para que confirmasse que se tratava de latrocínio.

Disse que foi procurado por Jean e Valdemir para participar do crime. Ele confirmou ainda que Husen foi o mandante e que eles deveriam simular um assalto em que o comerciante também figurasse como vítima. Maurício era a pessoa que sabia de todos os detalhes do plano.

Antes do fato, Valdemir, Jean, Maurício, José e Tiago se reuniram na oficina de Jean para detalhar o plano. De acordo com Tiago, inicialmente, a ordem era apenas “dar um susto” na vítima, mas que, na última hora, Husen determinou que matassem a esposa. Jean e Valdemir teriam discordado. Bruno, então, se ofereceu para cometer o crime.

Segundo a acusação do MP, Sônia levou quatro tiros pelas costas, disparados por Bruno. Na época, moradores de São Borja fizeram um protesto pedindo justiça. Familiares da empresária promoveram uma caminhada pelas ruas do município.

Fonte: G1
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