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Governador revela que foi surpreendido por fechamento de empresas no Rio Grande do Sul

4 de julho de 2019

Nesta semana duas empresas anunciaram o fechamento de suas atividades no Rio Grande do Sul. Em Palmeiras das Missões, a unidade industrial da Nestlé fechou as portas. No Vale dos Sinos, nesta segunda-feira (01º), a Duratex, responsável pela produção de itens da marca Deca, encerrou suas atividades e deixou cerca de 500 funcionários sem emprego. O governador Eduardo Leite revelou que foi surpreendido pelo fechamento das unidades e afirmou que vai apurar os motivos que levaram a essas decisões. Questionado sobre o que o governo está fazendo para evitar que mais empresas desistam de suas unidades no Rio Grande do Sul e recuperar o desenvolvimento econômico, Leite aposta em um tripé importante para a competitividade composto por burocracia mais simples, infraestrutura para reduzir custo logístico e custo tributário menor, além de ressaltar a expectativa de gerar empregos, principalmente na construção civil, com as obras de infraestrutura, nas estradas gaúchas, concessões de rodovias e parcerias público-privadas como a PPP da Corsan.

Em breve serão apresentadas iniciativas da secretaria da infraestrutura e do meio ambiente para agilizar e desburocratizar a emissão de licenças ambientais no Estado, revelou Eduardo Leite. A meta do governador é atrair investimentos com a redução da burocracia no Rio Grande do Sul. “Além disso, um trabalho também para que possamos, no horizonte mais breve possível, reduzir carga tributária. Com o apoio da nossa Assembleia Legislativa nas reformas, na reestruturação do Estado, nós vamos reduzir o custo do próprio Estado e assim reduzir a carga tributária”, completa o governador, citando ainda o projeto Receita 2030, que visa facilitar a relação do contribuinte com o Fisco.

Ao lamentar o fechamento das empresas no Estado, o governador chamou a atenção para o fato de que a economia ainda não está se recuperando da maneira que se projetava. “A economia brasileira, depois de ter retrocedido 7% em 2015 e 2016, tem uma tímida recuperação. A expectativa de crescimento econômico era de 2,5%, já está em 0,8%, justamente por conta da dificuldade em reformas. Há uma expectativa grande no mercado de que o país faça as reformas. Queriam votar a previdência no primeiro semestre, já tem dificuldade de votar no congresso nacional. Isso tudo atrasa, retarda a liberação de recursos por parte de quem quer investir pela insegurança, pela incerteza”, analisa Eduardo Leite.

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí