A AGCO do Brasil em Santa Rosa anunciou a antecipação das férias coletivas, que estavam inicialmente previstas para dezembro. Serão 30 dias de paralisação, estendendo-se até o final de setembro.
A decisão surpreendeu o Sindicato dos Metalúrgicos, que esperava a retomada da produção após o término do lay-off que foi iniciado em março. A produção de máquinas colheitadeiras na planta está paralisada desde o início do lay-off.
A empresa enfrenta uma queda acentuada nas vendas no Brasil, com o lucro despencando 40%. A crise no setor é global, mas o impacto no mercado brasileiro é ainda maior, com redução de 35% nas vendas de colheitadeiras e 14% na venda de tratores.
A AGCO atribui a queda nas vendas no Brasil a diversos fatores, incluindo as enchentes no Rio Grande do Sul, a escassez de crédito e as dificuldades na colheita no Cerrado. Neste ano a empresa já demitiu trabalhadores na planta de Santa Rosa, mas as lideranças sindicais afirmam que não há previsão de novos desligamentos.